Não é moderno o conceito de aplacar a ira divina. Este terror perturba a mente humana. Constantemente fórmulas, métodos e regras são desenvolvidas para que o sagrado seja mais benevolente.
Esta prática não pertence às Escrituras. O povo de Deus tem por hábito muito ruim adaptar elementos pagãos a fé cristã.
Muito antigamente o povo de Deus, Israel, entrou nesta furada. Buscou defesa nos cultos mágicos. Este recurso era utilizado para afastar seres demoníacos e dos efeitos negativos das forças da natureza. O intuito era para que estas forças servissem o homem. A idéia sempre antiga do ser humano dominar tudo, inclusive a tentativa da divinização.
Portanto, para vencer a insegurança e o medo do não revelado o povo buscou nos ritos mágicos uma segurança falsa. A cultura cananéia influenciou e tentou Israel por muito tempo. Os seus rituais mágicos eram uma espécie de aceitação da divindade. De fato, Israel se contaminou com práticas repugnantes. Por isso, vemos constantemente Deus repreendendo o povo. O Senhor chama o povo de adúltero.
A compreensão equivocada de Israel e de outros era a possibilidade de dirigir positivamente o destino da própria vida bem como influenciar negativamente a vida dos inimigos.
Para Israel vivenciar a salvação de Deus foi preciso abandonar estas práticas. Israel tinha que se abrir para a vontade de Deus. Confiar na fé que salva. Descansar no cumprimento da palavra do Senhor.
Isto não é diferente em nossos dias. Pessoas freqüentam casas de supostos gurus da fé. Desejam receber uma palavra ou revelação. Acreditam que podem driblar o destino. O presente tanto quanto o futuro podem ser manipulados por uma espécie de mágica.
Muitas igrejas e denominações caminham por esta mesma perspectiva. Criam métodos mágicos que não trazem segurança. O número é cada vez maior de pessoas desesperadas que não conseguem obter o que prometeram. O desejo de controlar o divino é cada vez maior. Deus precisa estar na palma da mão destas pessoas. Temem o castigo divino. Na esperança de que a ira de Deus seja aplaca, as pessoas criam uma fantasiosa ilusão de um culto pagão.
Uma outra questão é que os inimigos serão destruídos desta forma. Além de tentarem manipular Deus, pensam que os inimigos serão eliminados por cumprirem estes rituais. Nada diferente de certas campanhas de oração que existem hoje. É uma loucura que se passa na mente atormentada. Estas práticas visam à derrota do inimigo. Por exemplo: algumas pessoas pensam que ir ao culto no domingo de manhã e a noite aplacará a ira de Deus. A idéia é tipo assim – olha Deus, estou fazendo tudo direitinho. Estou indo a igreja. Ou a pessoa que simplesmente ora para que Deus veja a sua oração. Não existe o desejo de orar e manter comunhão com Deus. Não há prazer. Não há alegria. Não há espontaneidade. Existe unicamente uma obrigação e prestação de contas. É uma oração bate-ponto. Uma espécie de emprego. O individuo ora para não se sentir culpado. Isso não funciona. É muito pior do que ficar um mês sem orar.
O ser humano deve se unir a Deus e viver em segurança e confiança. Deus é fiel as suas promessas e a sua palavra tem eficácia real. Fora aos métodos ineficazes.
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