sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Quem pode mais?


Uma leitura cuidadosa e meticulosa proporcionará o diagnóstico da sociedade.

Estamos na era da competição. Acontece diariamente de forma oculta ou revelada uma olimpíada. O ser humano vive com a idéia de superar obstáculos. A questão agora é que o obstáculo se tornou o seu próximo. Nesta competição não há ética, moral, respeito e amor.

Este o nome da cultura atual – quem pode mais. O individuo tem que superar o outro na área profissional. A mulher enfeita-se mais do que a outra para ter o destaque. É a disputa no ambiente acadêmico para ver quem tem mais diplomas. Enfim, uma série de exemplos poderiam fazer parte desta lista. No entanto, a averiguação não é feita para um outro campo social – Quem pode mais na área da iniqüidade?

As pessoas vivem, respiram e aspiram à maldade. Se um homem diz que saiu com uma mulher, o outro precisa dizer que saiu com duas. No contexto do trafico é pior. O traficante mata uma pessoa e o dono do outro morro comete um chacina para mostrar o seu nível de poder. Um usuário de drogas cheira uma carreira de cocaína e o seu parceiro cheiro três para demonstrar que ele é bom da parada. Existe uma competição que se trava no estádio da maldade. É a proliferação e a superação dos atos mais cruéis, nefastos, desumanos e maquiavélicos que o ser humano cria e recria.

A corrupção corre a solta na sociedade avançada. Ela tomou poder sobre nós até mais do que seria de se esperar pela natureza humana. Na verdade, em seus pecados os homens superaram todos os limites inimagináveis. Envolveram-se desta maneira na morte e na corrupção, passaram a caminhar gradualmente de mal a pior, não se detendo em nenhum grau de malícia, mas, como se estivessem dominados por um insaciável apetite, continuamente inventando novos tipos de pecados. Todavia, o homem dedica-se na tentativa de porfiar e superar o outro em malícia. Neste sentido a competição pode ser vista de outra maneira.

Nenhum comentário: