por Israel Belo de Azevedo
NEM TODA ORAÇÃO É BEM-INTENCIONADA
Cena 1
Você encontra uma pessoa. Antes de a pressa determinar que se separem, ela lhe diz:
-- Olha, estou muito preocupado com Fulano. Ele precisa de nossas orações. Está perto de se separar.
Você não sabia, mas ficou sabendo.
Cena 2
Começa a reunião. O dirigente ou alguém do grupo toma a palavra:
-- Gostaria que todos vocês orassem por Beltrano. Ele foi despedido do emprego e ainda está respondendo a um processo muito desagradável.
Você não sabia, mas ficou sabendo.
Cena 3
Nas duplas de oração, os motivos se multiplicam. Numa delas, alguém pede por uma instituição:
-- A situação está difícil. Os salários estão atrasados. A tensão é grande. Parece que vai fechar.
Você não sabia, mas ficou sabendo.
Quando alguém leva um pedido de oração ou faz uma oração pública com a intenção de informar aos ouvintes sobre a vida de uma pessoa ou organização, isto tem um nome.
Antes de pedir oração, precisamos estar certos que o alvo da oração pediu que orássemos por ele. Mesmo assim, precisamos avaliar as consequências.
Se uma pessoa está doente, mas não quer que ninguém saiba, respeitemos.
Se a informação sobre uma pessoa ou organização pode prejudicá-la, calemo-nos.
Do contrário, não estamos orando, estamos cometendo o pecado da foforação (fofoca + oração).
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