Ó FONTE DE TODO O BEM,
Que devo entregar a ti pela dádiva das dádivas,
teu próprio Filho querido, gerado, não criado,
meu Redentor, procurador, segurança, substituto,
seu esvaziar-se a si mesmo é incompreensível,
a infinidade de seu amor está além do que o coração pode compreender.
Nisto está a maravilha das maravilhas;
ele rebaixou-se para me elevar,
ele se tornou igual a mim para que eu pudesse me tornar igual a ele.
Nisto está seu amor;
quando eu não podia subir até ele, ele me traz para junto das asas da graça,
eleva-me a si.
Nisto está seu poder;
quando divindade e humanidade estavam infinitamente separadas
ele as uniu de forma indissolúvel, o não-criado e o criado.
Nisto está sua sabedoria;
quando eu estava perdido, sem que pudesse retornar para ele,
sem que pudesse pensar em recuperar-me,
ele veio, Deus encarnado, salvou-me com a grandiosa salvação,
como homem morreu a minha morte,
derramando satisfeito seu sangue em meu lugar,
adquirindo para mim perfeita justiça.
Oh, Deus, leva-me em espírito aos pastores vigilantes, e
alarga minha mente;
deixa-me ouvir boas novas de grande alegria,
e ouvindo, crer, regozijar, louvar, adorar,
minha consciência banhou-se num oceano de repouso,
meus olhos se elevaram a um Pai reconciliado;
coloca-me com o boi, o asno, o camelo, a cabra,
olhar com eles a face do meu redentor,
e sobre ele deixar meus pecados;
deixa-me com Simeão apertar a criança recém-nascida ao meu peito,
abraçá-la com fé eterna,
exultando porque ele é meu e eu sou dele.
Nele tu me tens dado tanto que nem o céu pode me dar mais.
* Extraído de Arthur Bennett (ed.), The Valley of Vision:
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