quarta-feira, 30 de março de 2011

Caio Fábio, Tsunami e o DEUS de Ricardo Gondim!

Sensacional. Um dos momentos mais sensatos, coerentes e profundos do Caio Fábio. Ele simplesmente dilacera com o Ricardo Gondim na sua teologia de “maconha mofada”. Caio Fábio diz que o Ricardo Gondim é tão profundo como um mar sem água. Muito bom!



Se Deus é BOM, por que existe o MAL?



por Luiz Sayão


Talves você já ouviu falar do “Problema do Mal”. A expressão se refere à mais difícil pergunta da história da teologia cristã: Se Deus é onipotente e bondade, por que ele permite a existência do mal e do sofrimento? Afinal, o que quer a expressão "Problema do Mal"? Antes de tudo, é importante reconhecermos que o mal não é necessariamente um problema no sentido filosófico do termo. O conceito de problema pode ser invertido aqui. Por exemplo, uma perspectiva pessimista e ateísta que afirma a realidade do mal como experiência básica da realidade e nega o divino e o bem, teria de enfrentar o “problema do bem”. Explicando melhor: “se o universo não tem propósito e é absurdo (como sugerem alguns existencialistas ateus, por exemplo), como explicar a experiência do belo, do inefável e do prazer”? Não seria esse um grande problema filosófico? Como disse o famoso biblista australiano Francis I. Andersen: "A rigor, a desgraça humana, ou o mal em todas as suas formas, é um problema somente para a pessoa que crê num Deus único, onipotente e todo amoroso". Isso significa que outras religiões e filosofia não enfrentam um dilema, no sentido de terem de explicar a existência do mal. Mesmo assim, o mal ainda permanece um problema para todos os sistemas de pensamento por causa da questão do sofrimento.

A tentativa cristã de lidar com esse tripé "Deus todo-poderoso", "Deus todo-amoroso" e "existência do mal", mostrando que a despeito do mal, Deus continua justo, bom e poderoso foi historicamente denominada Teodicéia. A palavra foi cunhada em 1710 pelo filósofo alemão Gottfried Leibnitz (1646-1716). Seu sentido é "justificação de Deus" (do grego theós "Deus" e dikê "justiça"). A dificuldade do problema foi bem definida pelo filósofo escocês David Hume (1711-1776) numa retomada do antigo filósofo grego Epicuro (341-270 a.C.). Conforme escreveu David Hume: “As antigas perguntas de Epicuro permanecem sem resposta. Quer ele (Deus) impedir o mal, mas não é capaz de fazê-lo? Então ele é impotente (i.e, não é onipotente). Pode ele fazê-lo, mas não o deseja? Então ele é malévolo. Não é ele tanto poderoso como o deseja fazê-lo? De onde, pois, procede o mal? O problema do mal também é discutido e compartilhado pelo judaísmo e islamismo. A importância da discussão na tradição judaica foi expressa por Nachmânides quando se referiu ao problema do mal como “a questão mais difícil que se encontra tanto na raiz da fé quanto da apostasia, com a qual estudiosos de todas as épocas, povos e línguas têm lutado”. Historicamente, na tentativa de construir-se essa explicação que procura manter a justiça de Deus diante do mal, vários tipos básicos de teodicéia foram elaborados. Os principais tipos respondem ao problema assim:


A Teoria do Livre-arbítrio


É a posição clássica das religiões monoteístas. Ela afirma que Deus permite o mal e o utiliza para fins bons. Deus permite o mal para produzir um bem maior. Nunca foi elaborada solução mais razoável e esperançosa do que a judaico-cristã. Para explicar a origem do mal, afirma-se que o mal sempre seria uma possibilidade, visto que Deus criou seres dotados de vontade livre. E para que fossem de fato livres, e não máquinas, tais seres sempre teriam a possibilidade de optar contra a vontade de Deus, dando assim origem ao mal. Portanto, a única saída para a impossibilidade plena do mal seria a inexistência de seres pessoais livres, o que nos daria um universo mecanicista, composto de seres impessoais, destituídos de arbítrio. Os defensores dessa posição ainda argumentam que Deus apenas permite o mal, o que é diferente de ser autor direto do mal, por razões e finalidades boas que não compreendemos plenamente agora. Evidentemente, a força desses argumentos depende de suas pressuposições. O argumento teísta clássico afirma que o mal pode ter início no bem, embora isto nunca seja de modo essencial. Não há derivação essencial do bem para o mal. Isso é compreensível, pois segundo o teísmo clássico o mal não existe enquanto substância, conforme mostrou Agostinho, ou seja, o mal não possui existência plena. É como a ferrugem que atinge o ferro. Não existe um ferro totalmente enferrujado, pois esse deixaria de existir. Assim como a ferrugem existe em função do ferro como elemento parasita e destruidor, também o mal só existe em função do bem.


A Teoria Pedagógica


Numa teodicéia pedagógica o enfoque é deslocado da origem do mal e é colocado principalmente nos possíveis bons resultados da experiência do sofrimento. A idéia é que a experiência do sofrimento (mal) é um benefício indispensável para o desenvolvimento das capacidades humanas, do contrário a humanidade permaneceria eternamente na infância. Argumenta-se, por exemplo, que um pouco de sofrimento aumenta a nossa própria satisfação com a vida e que um sofrimento maior e mais intenso desenvolve em nós uma maior profundidade de caráter e de compaixão. Além disso esta posição enfatiza a realidade de que vivemos em um mundo regulado por leis naturais e que boa parte do mal existente no mundo decorre da atuação destas leis. Deveria Deus ter criado um mundo desprovido de ordem natural para satisfazer a vontade de cada um? Isso seria bom? Todavia, há duas grandes dificuldades aqui: 1) nem sempre o sofrimento produz maturidade e aprendizado. Muitas vezes o que fica é ódio e amargura; 2) em alguns casos não há muito o que aprender e o preço pago é muito alto. Quando milhares de pessoas morrem em uma guerra, devemos perguntar: que tipo de pedagogia é essa que mata seus próprios alunos?


A Teoria Escatológica


Uma teodicéia escatológica diz que há esperança para o problema, pois ela está baseada na convicção de que a vida transcende a morte e que justiça e injustiça receberão sua devida recompensa. As perspectivas variam desde uma esperança entre o inaugurar de uma nova história humana por meio da ressurreição ou ainda como uma vida em um reino celestial após a morte. O futuro tem a resposta e a solução do que acontece no presente. Apesar de essa ser uma das esperanças mais enfatizadas pelas religiões monoteístas, muitos descartam esta possibilidade e questionam que tipo de reparação pode haver pela desgraça atual. Alguém que teve sua família arruinada e assassinada repentinamente pode de fato ter tal sofrimento “reparado”? Será possível isso?


A Teoria da Teodicéia Protelada


É uma postura de expectativa e fé em Deus a despeito do mal. A fé na soberania e bondade finais de Deus espera a compreensão de todas as questões. A diferença entre essa teodicéia e a teodicéia escatológica é a seguinte: na teodicéia protelada espera-se mais uma compreensão do que uma compensação final do mal. Argumenta-se que as limitações humanas e a tremenda distância que separa Deus do homem não nos permitem conhecer as razões da permissão do mal agora. Deve-se destacar ainda que tal posição também é diferente da idéia que sugere ser impossível avaliar o comportamento de Deus.


A Teoria da Teodicéia de Comunhão


Para muitos, a experiência do sofrimento leva o homem a encontrar motivos para romper com o divino. Essa é, por exemplo, a fonte do ateísmo, do agnosticismo e do antagonismo religioso. A Teodicéia de Comunhão enfatiza que Deus é principalmente percebido e conhecido no sofrimento. O Deus verdadeiro é aquele que se compadece. É o Deus que sofre com suas criaturas e que, de certa forma, é vítima do mal, juntamente com elas. Esta teodicéia não explica o sofrimento imerecido. Todavia, transforma a visão sobre o sofrimento, pois o sofrer por um propósito justo é fazer a vontade de Deus e torná-lo conhecido. O sofrimento é a grande oportunidade para Deus e o homem entrarem em comunhão e colaboração. O sofrimento é transcendido e aquilo que parecia ser o pior é visto como a ocasião da mais intensa experiência religiosa.


A Rejeição da Resposta Cristã


No panorama da história, muitas correntes de pensamento apresentaram soluções alternativas para o problema, sem a intenção de justificar a Deus. Vamos apresentar um resumo daquelas posições filosóficas que tratam o problema do mal com um enfoque distinto do teísmo ou da teodicéia. As diversas propostas de resolução das relações entre o divino e o mal serão delineadas, destacando os seus principais representantes.


Alguns Negam a Existência do Mal


O Mal é visto como ilusão. Essa perspectiva é encontrada em conceitos monistas e panteístas. A tensão entre Deus e o mal é resolvida pela negação do mal. A cosmovisão hindu (ensinos Vedanta), Zenão (336-274 a.C.) e Spinoza (1632-1677) são exemplos desta perspectiva. Spinoza, por exemplo, chega a afirmar que o mundo parece cheio de mal apenas porque é visto de uma perspectiva humana estreita e errônea. Da perspectiva divina, porém, o mundo forma um todo necessário e perfeito. A dificuldade dessa posição é provar que os sentidos não merecem confiança alguma, visto que eles apontam para a realidade objetiva do mal. Além disso, os defensores dessa perspectiva precisam responder por que tal "ilusão" é tão comum e se mostra persistente na história humana? Que conhecimentos nos levam a tal conclusão? Seria tal conclusão uma ilusão também?


Alguns Negam a Existência de Deus


Essa é a perspectiva do ateísmo. É a negação da realidade de Deus. Os ateus opõem-se diretamente aos “ilusionistas”. Afirmam a realidade do mal com base nos sentidos e negam a realidade de Deus, cuja existência é incompatível com o mal. O pensamento ateísta sistematizado desenvolveu-se nos últimos dois séculos de história da filosofia ocidental, fruto do racionalismo. Os principais argumentos ateístas são: 1) Deus e o mal são mutuamente excludentes: se o mal existe, logo Deus não pode existir; 2) Se Deus existisse, ele não seria Deus propriamente dito, pois carece de bondade por permitir o mal; 3) Se Deus existisse ele não seria Deus propriamente dito, pois carece de poder visto que permite o mal.


Essa perspectiva é encontrada no budismo que pressupõe uma alienação entre o homem e o universo. O universo é impessoal e opera por causa e efeito. Não existe a figura de Deus, o sofrimento decorre da vontade humana e a sua solução se dá de maneira individual e existencial. Por isso o budista anseia pelo estado impessoal no nirvana. Esse pessimismo também encontra exemplos no pensamento grego clássico. Hegesias de Cirenaica ensinava ser a vida sem valor e que o único bem, que nunca seria alcançado, seria o prazer. Todavia esse pessimismo não marca o pensamento helênico propriamente dito que, de modo geral, acreditava na vitória sobre o mal por meio da virtude e da sabedoria.


É no pensamento europeu contemporâneo que encontraremos um exemplo dessa posição: Arthur Schopenhauer (1788-1860). Há também filósofos existencialistas ateus que enfatizam o absurdo da realidade, vendo o homem como um ser sem saída. Os principais são Jean Paul Sartre (1905-1980) e Albert Camus (1913-1960), famoso por sua obra “A Peste”. Schopenhauer cria que a realidade última é a cega vontade irracional de viver que a todos impulsiona. Tal vontade transcendental é essencialmente má, particularmente pelo fato de haver criado o nosso corpo com desejos que não podem ser satisfeitos. O sofrimento é causado pelo desejo incessante que nunca pode ser plenamente atendido. A dor e a ilusão são inevitáveis. A maior tragédia humana é o fato de ter o homem nascido.


Entre o pensamento judaico-cristão e as alegações ateístas têm surgido propostas problemáticas e incompletes que merecem ser mencionadas.


1. Negação da bondade de Deus. Deus pode ser poderoso, mas é visto como mau e comprometido com a desgraça e o sofrimento.


2. Negação do poder de intervenção de Deus. O bem não tem poder infinito sobre o mal. Essa é a posição deísta, da teologia do processo e do teísmo aberto. Fundamenta-se na realidade da persistência do mal. O bem parece não ter poder para destruí-lo.


3. Negação do poder original de Deus. Deus foi obrigado a criar um mundo mau. Deus, sendo limitado, tinha necessidade de criar um mundo e não pode impedir que este fosse mau.


4. Negação da onisciência divina. Deus não podia prever o mal. Deus é criador, e justo, mas não é plenamente onisciente.


5. Negação da imanência divina. Deus não pode ser avaliado pelos nossos padrões morais. Desse modo não é necessário defender sua conduta. Suas ações estão numa esfera de atuação que não podemos julgar.


A verdade é que o Problema do Mal permanece como a questão mais difícil da história da teologia. As outras tentativas de resolve-lo parecem apenas tê-lo complicado ainda mais. A esperança cristã continua afirmando uma mistura das teodicéias aqui apresentadas. Mas a sua essência ecoa por toda a história: Deus permite o mal e o utiliza para fins bons, e Deus permite o mal para produzir um bem maior. Por isso, vivemos pela fé e sempre na esperança.




Fonte:
www.prazerdapalavra.com.br

quinta-feira, 17 de março de 2011

“Deus” a gosto do freguês...



Para alguns teólogos a culpa toda sobre as diversas interpretações bíblicas e as posições acerca de Deus repousa sobre Lutero. Ele afirmou de forma categórica a livre interpretação das Escrituras de que todo ser humano pode ter acesso a Bíblia e interpretá-la. Porém, isto é um grande engano. A responsabilidade está no próprio ser humano que fantasia Deus a sua moda.

Encontramos nos escritos de filósofos, teólogos e socialistas uma caricatura de Deus. Um ser impessoal e que não está nem aí para o mundo. Nos escritos de Schleiermacher a teologia passou a ser o estudo da experiência religiosa do homem e não o estudo de Deus. A relação do homem com Deus está pautada nas subjetivas experiências. Schleiermacher fantasiou muito a relação com o divino a forçar a barra para a interpretação de textos bíblicos numa tentativa de se comunicar com o autor do texto sagrado e entrar na sua mente. Algo bem parecido com John Locke. Estas ações estão presentes hoje na busca de experiências inverídicas com o sagrado.

Para Bultmann a teologia deveria começar com uma nova interpretação da Escritura, guiada pela filosofia existencial. Segundo Bultmann, o homem do século XX não pode mais aceitar os milagres como aparecem nas Escrituras – o homem moderno não pode mais crer na ressurreição corporal, em anjos, demônios, céu e inferno. Fico a pensar em que Deus Bultmann acreditava e buscava. Sermões altamente piedosos, mas o negava no seu dia a dia e principalmente na cátedra.

Na compreensão de Tillich ele afirmou que a teologia deveria começar com uma análise da situação humana. Para perceber Deus e a sua revelação o ponto de partida é o homem. Uma leitura complicada por fazer do homem a medida de todas as coisas.

Para Feuerbach os mistérios sobrenaturais da religião fundamentam-se em verdades naturais bastante singelas. Os seres humanos criaram seus deuses, que incorporam as concepções idealizadas pelos seres humanos, reflexos de suas aspirações, necessidades e temores. Os sentimentos humanos não têm ligação alguma com Deus. É de origem puramente humana, assim como é distorcido pela imaginação humana exacerbada. Se o sentimento é o veiculo ou o meio fundamental da religião, logo a natureza de Deus é nada mais do que uma expressão da natureza desse sentimento. A essência divina, comprometida por meio do sentimento é, na verdade, nada mais do que a essência do sentimento, maravilhado e encantado consigo mesmo – nada mais do que autoembriaguez e autocontentamento.

Para Feuerbach Deus é uma projeção do homem. O ser humano externa algo que chama isso de Deus. Feuerbach defende que toda espécie de divindade é uma fantasia humana.

Freud tira muito de suas idéias de Feuerbach e passou a compreender Deus e a religião como uma necessidade humana que se vincula ao estado infantil de desamparo e à nostalgia do pai suscitado por tal necessidade. O Deus justo e a natureza benevolente são as mais nobres sublimações de nosso complexo paternal, pois, o homem, na impossibilidade de imaginar um mundo sem pais, cria falsificações da imagem do universo no qual se sente desprotegido.

Faço esta pequeníssima análise histórico-teológica para verificar que os liberais e ateus inventam seus “deuses”. Tenho visto e acompanhado que alguns teólogos brasileiros refazem uma suposta nova leitura da Bíblia quando na verdade não passam de papagaios – repetem velhas heresias.

Alguns chegaram a ponto de chamar o Deus soberano e senhor de “diabo”. O Deus que sabe de todas as coisas não pode ser um “Deus de amor”. Ora, isto não é inventar um “Deus a seu gosto”? É totalmente impossível não reconhecer o governo e poder de Deus em toda a Bíblia. Reconheço que é mais fácil criar um “Deus” não revelado para basear a vida em possibilidades e especulações.

O ser humano sempre criará um “Deus” a seu gosto. Entendo que não é fácil aceitar e se render ao Deus revelado nas Escrituras e encarnado na pessoa de Jesus Cristo. Para se render a ele é preciso viver o que Lutero disse – Deixa Deus ser Deus. Geralmente não fazemos isso. Respondemos por Deus e dizemos o que Deus faz e deixa de fazer. Será que o dominamos assim? Percebo muito mais uma tentativa de dominação de Deus nos liberais do que nos conservadores. Os conservadores reconhecem e aceitam que Deus está no controle e descansam nisso. Os liberais arrumam justificativas e argumentos para provar algo sobre o que Deus não é e do que Deus não faz.

São os liberais da teologia que defendem o seu “Deus”. Os conversadores dificilmente fazem isso. O Deus revelado e encarnado não necessitada de ajuda humana para se explicar a humanidade. O Deus dos liberais, este sim necessita, pois é um Deus impotente e precisa responder a razão de não ter feito alguma coisa.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Em busca da verdadeira fonte...


por C.S. Lewis

"Somos criaturas divididas, correndo atrás de álcool, sexo e ambições; desprezando a alegria infinita que se nos oferece, como uma criança ignorante que prefere continuar fazendo seus bolinhos de areia numa favela, porque não consegue imaginar o que significa um convite para passar as férias na praia".

Gente precisa de Deus. Mas gente precisa de gente...


por C. S. Lewis


Uma vez perguntaram para Lewis: "É necessário frequentar um culto ou ser membro de uma comunidade cristã para um modo cristão de vida?"

Sua resposta foi a seguinte: "Esta é uma pergunta que eu não posso responder. Minha própria experiência é que logo que eu me tornei um cristão, cerca de quatorze anos atrás, eu pensava que poderia me virar sozinho, me retirando a meu quarto e lendo teologia, e não frequentava igrejas ou estudos bíblicos; e então mais tarde eu descobri que era o único modo de você agitar sua bandeira; e, naturalmente, eu descobri que isso significava ser um alvo. É extraordinário o quão inconveniente para sua família é você ter que acordar cedo para ir à Igreja. Não importa tanto se você tem que acordar cedo para qualquer outra coisa, mas se você acorda cedo para ir à igreja é algo egoísta de sua parte e você irrita todos na casa. Se há qualquer coisa no ensinamento do Novo Testamento que é na natureza de mandamento, é que você é obrigado a participar do Sacramento e você não pode fazer isso sem ir à igreja. Eu não gostava muito dos seus hinos, os quais eu considerava poemas de quinta categoria com música de sexta categoria. Mas à medida em que eu ia eu vi o grande mérito disso. Eu me vi diante de pessoas diferentes de aparência e educação diferentes, e meu conceito gradualmente começou a se desfazer. Eu percebi que os hinos (os quais eram apenas música de sexta categoria) eram, no entanto, cantados com tamanha devoção e entrega por um velho santo calçando botas de borracha no banco ao lado, e então você percebe que você não está apto sequer para limpar aquelas botas. Isso o liberta de seu conceito solitário".

Deus quer tudo para fazer tudo novo...


por C.S. Lewis

“A vida cristã é diferente, mais difícil e mais fácil. Cristo diz: “Dê-me tudo. Eu não quero um tato do seu tempo, tanto do seu dinheiro, tanto do seu trabalho. Quero você. Eu não vim para atormentar o seu ego natural,mas para matá-lo. Meias medidas não trazem nenhum bem.
Eu não quero podar um galho aqui e outro ali, mas quero derrubar a árvore inteira. Entregue todo o seu ego natural, todos os desejos que você julga inocentes, bem como os que você julga iníquos – todo o seu ser.
Eu lhe darei um novo eu. Na verdade eu lhe darei o meu próprio eu; a minha vontade se tornará a sua vontade”.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Teologia Bonhoefferiana...

Em relação ao maluco que atropelou uma galera, segue a recomendação do Bonhoeffer: “Se eu vejo um louco dirigindo um carro na direção de um grupo de pedestres inocentes, não posso, como cristão, simplesmente esperar pela catástrofe para, depois, consolar os feridos e enterrar os mortos. Devo tentar lutar para tirar o volante das mãos do motorista”.

Teologia Bonhoefferiana...

O sofrimento é, pois, a característica dos seguidores de Cristo. O discípulo não está acima do seu mestre. O discipulado é ‘passio passiva’, é sofrimento obrigatório (...) O discipulado é união com Cristo sofredor. Por isso nada há de estranho no sofrimento do cristão, antes é graça, é alegria”.

Bob Esponja...

Ah, meu Brasil, brasileiro. Esse povo fica discutindo sobre a existência ou não inferno. Nada de novo nisso. Repetições de ambientes que não discutem mais isso. Ultrapassado. Os supostos "intelectuais" do cenário evangélico brasileiro discutem o lixo da Europa e América.

Reflexão...

Ouvi algo agora que me despertou. Existem algumas pessoas que sofrem de um egoísmo patológico e se acham a solução do mundo e não percebem nada além deles. Acham-se os melhores, mais capazes e mais inteligentes. Alguns chegam a cometer assassinatos. Quando não é o físico, é o emocional, moral e humano. Lamentável.

Tem mais...

Deve ser resgatado o velho e sábio princípio bíblico quando se pensa em algumas “teologias”. Os textos de Romanos 14.17 e ICoríntios 4.20 dizem – “Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (...) Pois o Reino de Deus não consiste de palavras, mas de poder”.

Abandono da Bíblia...

Enquanto lutamos para alfabetizar a sociedade, mantemos os analfabetos funcionais da Bíblia dentro das igrejas.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O Triunfo da Ideologia do Mérito Contra a Teologia da Graça...


por Israel Belo de Azevedo


O ex-árbitro de futebol Oscar Roberto de Godói foi baleado num assalto em São Paulo. Depois de sair do hospital, fez a seguinte declaração:


-- Eu tinha certeza que não morreria, mas não digo milagre, e sim por tudo que eu sou e faço eu não merecia. Se é Ele (Deus) que leva, não ia me levar.


Reorganizando a frase, fica mais clara a teologia por trás dela: "Eu tinha certeza que não morreria. Se é Ele (Deus) que leva, não ia me levar, não por milagre, mas porque eu não merecia, por tudo que eu sou e faço".

Talvez pudéssemos, então, concluir: quem morre num assalto morre porque não merece ficar vivo.

Estamos, portanto, cercados pela ideologia do mérito, contra a teologia da graça.

A ideologia do mérito é sedutora. A teologia da graça não tem charme nenhum.

A ideologia do mérito é onipresente. A teologia da graça habita um ponto minúsculo no horizonte.

A ideologia do mérito pressupõe que Deus é justo. A teologia da graça pressupõe que Deus é bom.

A ideologia do mérito produz culpa. A teologia da graça espouca em liberdade.

A ideologia do mérito é natural. A teologia da graça é espiritual.

A ideologia do mérito exalta o ser humano. A teologia da graça exala o perfume da cruz de Cristo.

Nascemos com a ideologia do mérito. Só vivemos bem com a teologia da graça.

terça-feira, 1 de março de 2011

Dietrich Bonhoeffer e a vida do discipulado...

“O sofrimento é, pois, a característica dos seguidores de Cristo. O discípulo não está acima do seu mestre. O discipulado é ‘passio passiva’, é sofrimento obrigatório (...) O discipulado é união com Cristo sofredor. Por isso nada há de estranho no sofrimento do cristão, antes é graça, é alegria”.

Dietrich Bonhoeffer super atualíssimo...

Em relação ao maluco que atropelou uma galera, segue a recomendação do Bonhoeffer: “Se eu vejo um louco dirigindo um carro na direção de um grupo de pedestres inocentes, não posso, como cristão, simplesmente esperar pela catástrofe para, depois, consolar os feridos e enterrar os mortos. Devo tentar lutar para tirar o volante das mãos do motorista”.