sábado, 31 de maio de 2008

Reportagem...

Leiam a reportagem que saiu no Jornal O Globo sobre as Farc. A matéria aborda a relação do presidente Lula com o líder das Farc. Tudo isso comprova mais uma vez o que tenho postado aqui e outros colegas tem divulgado - O PT e as Farc são amigos.

O problema do dualismo I...


A narrativa bíblica destrói o dualismo. Essa é a idéia de que tanto Deus como o universo existem eternamente lado a lado. O termo universo pode ser “maldade”. Assim, há duas forças supremas no universo.

O problema com o dualismo é que ele indica o conflito eterno entre Deus e os aspectos maus do universo. Deus triunfará de modo definitivo sobre o mal no universo? Não podemos estar certos, porque tanto Deus como o mal certamente existem eternamente lado a lado. Isso põe por terra a supremacia de Deus na criação. O que se faz com a soberania de Deus? Nada. Existe uma força que está no mesmo nível de Deus. Percebe-se que esta visão cosmológica reina na fé cristã ultimamente. É necessário criar correntes de libertação. Vigílias que refreiam a maldade. O que está por trás disso, é a insuficiência de Deus administrar o Cosmo. Ora, o conceito do Deus transcendente e santo que governa tudo e certamente triunfará sobre tudo fica descartado. Quando as pessoas ficam conscientes da realidade espiritual no universo, elas se tornam dualistas. As pessoas fazem muitas coisas na igreja para aplacar essa força maléfica. Outras forçam uma espiritualidade para impressionar o “mundo espiritual”. O que deve ficar bem claro, é que não existem duas forças atuando no mundo. Naturalmente Satanás está se deliciando por haver pessoas pensando que existe uma força má no universo que talvez seja igual ao próprio Deus. Deus é Senhor de tudo. Sobre tudo e sobre todos está o Senhor. Lutero dizia que o diabo é o cachorro de Deus. Nada pode comparar-se ao imenso poder de Deus. A maldade não tem vida própria. Ela não é ilimitada. Este é o mundo ou o universo de Deus. O fato do mundo está rodeado de maldades, isso não confere o status de onipotência. Tudo passa pelo crível soberano de Deus.

O problema do dualismo II...

As distorções históricas têm suas raízes no movimento gnóstico do ascetismo. O pior disso tudo, é que muitos membros de igrejas são gnósticos. Infelizmente muitas igrejas o são também.

A base da gnosis é uma visão dualista do mundo que determina sua visão num nível cosmológico e antropológico, e que, portanto, deve ser a primeira realidade que reclama nossa atenção. Surge de uma errônea leitura de que o pecado de um homem reside na sua corporeidade. Então, a partir desse elemento filosófico temos a divisão de corpo e alma, ou corpo e mente. A questão é: não existe fragmentação. O ser humano é integral. O corpo está estritamente ligado a mente. As ações corporais são sintomáticas. Elas refletem uma disfunção mental. Isso gera a base de um “dualismo cosmológico”, ou um “ontológico dualismo”. Ou, ainda, “dualismo ontológico metafísico”. Assim, corpo e matéria tornaram-se diametralmente opostos, sendo o espírito essencialmente bom, enquanto a matéria (corpo, criação) essencialmente má. Qualquer tipo de divisão gera uma heresia. Fruto de uma má interpretação tanto bíblica quanto histórica.

O problema do dualismo III...

O gnosticismo dividia o homem em parte inferior e superior. Na parte inferior estaria a “sede” do pecado, e a superior estaria fora deste âmbito. O pecado se situaria no âmbito inferior e sensual do homem. E a mente, parte espiritual, estaria isenta desta corrupção. É claro que isso não é possível. É muito fácil encontrar esta compreensão dentro da igreja. Quando você ouvir – este crente é espiritual o outro é carnal – cuidado. Estas palavras transmitem a heresia gnóstica. O meu corpo peca, mas minha mente é intocável? A minha mente é a primeira a pecar. Dela emana todas as maquinações pecaminosas. A minha mente planeja o pecado. Ela alimenta o pecado. O corpo simplesmente cumpre o desejo que alimentei mentalmente. Portanto, o ser humano, sendo este um ser integral, peca por completo.

Criar duas esferas – inferior e superior – é o mesmo que duplicar o mundo físico. Não é possível criar uma realidade dentro de outra realidade. Por isso, muitos trabalham com a idéia de santo e profano. A vida humana não se fragmenta. Tudo é vida. A vida “espiritual” está dentro desta realidade. Inventar um mundo espiritual é abrir mão daquilo que Deus chamou de bom. É a tentativa de querer ser mais santo do que Deus. Não há uma parte da vida que Deus não diga – Isto é Meu.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Disciplina...

Se saíres em busca da liberdade, aprende, antes de tudo,

disciplina dos sentidos e de tua alma, para que os desejos

e teus membros não te levem ora para cá, ora para lá.

Casto seja teu corpo e teu espírito, plenamente sob teu domínio

e obediente na procura do alvo que lhe foi colocado.

Ninguém experimenta o mistério da liberdade a não ser pela disciplina.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

John Piper...

O vídeo abaixo é ótimo. Se você ainda não leu nenhuma obra do Piper, corra atrás do prejuízo. As suas obras são imprescindíveis para o crescimento intelectual e piedoso. Ele é um notável pregador do evangelho.



John Piper...

Tenho sido impactado pela teologia e espiritualidade do Piper. Sem dúvida alguma, ele é um dos maiores pregadores e teólogos dos EUA.


Luto nacional?

Amazônia: doação anunciada...

por Heitor De Paola*

Quem lembra (...) quando os próceres petistas, (que então se mostravam) pseudo-nacionalistas, denunciavam a “internacionalização” da Amazônia como obra de milicos corruptos aliados a americanos espertos?

A política indigenista – e pode-se acrescentar sobre qualquer forma de propriedade privada – olhada do ponto de vista político e técnico, parece ser caótica; olhada de um ponto de vista histórico e ideológico nota-se que há muita lógica por trás do caos. Há quase quatro anos escrevi um artigo com o mesmo título deste (Amazônia: a doação anunciada) e de onde retirei a epígrafe acima, para denunciar o que, então, já era notícia de jornal velho: a doação de partes da Amazônia brasileira à exploração comercial. Um ano antes já havia publicado Lendas e Mistérios da Amazônia onde escrevi que “a estratégia globalista necessitava sobrepor à noção de País – Brasil – a de Nação indígena e, ipso facto, surgirem declarações de independência com a formação de território de domínio internacional, sob os auspícios da famigerada ONU”. Posteriormente, quando muitos ficaram perplexos porque Lula assinou decreto criando um “corredor de proteção ambiental” ao longo da margem esquerda da estrada Cuiabá-Santarém, escrevi Mídia Sem Máscara informa antes e melhor!

Na época do segundo artigo a Embrapa-Acre publicava um texto da JICA - Japan International Cooperation Agency (JICA Procura Iniciativas Promissoras na Amazônia), no qual dizia que “Os japoneses estão interessados em financiar e dar apoio técnico a iniciativas públicas ou de organizações não-governamentais, que levem à conservação de florestas tropicais e melhoria da qualidade de vida da população amazônica”, e informava que “a missão japonesa manteve encontros em vários ministérios” e estudou “sistemas agroflorestais e agroindústria de alimentos a partir do cupuaçu, pupunha e açaí”, e também “oportunidades de parceria em projetos de plantas medicinais (desenvolvimento de processos e protótipos), subprodutos de castanha-do-brasil e manejo florestal (produção de sementes, estudos de novas espécies, adaptação de equipamentos e design de móveis em escala comercial)”.

Dizia eu ainda: “A estratégia tipicamente leninista de acusar inexistentes projetos americanos de invadir a Amazônia tem funcionado tão bem que civis e militares genuinamente nacionalistas e patriotas têm-se deixado cegar pela verdadeira internacionalização já (em 2003) em curso avançado! A cortina de fumaça leninista serve para acobertar a verdadeira e única ameaça de internacionalização, aquela comandada pela ONU, pelos liberais americanos do Partido Democrata – leia-se Carters, Clintons, Hillarys e John e Thereza Heinz Kerry – e por várias ONG’s européias entre as quais algumas financiadas pelos interesses dos grupos econômicos mais poderosos da Inglaterra, através do Príncipe Charles, como a World Wildlife e o Greenpeace, o Royal Botanic Garden e a Conservation International (http://www.conservation.org.br/onde/)”.

Já então era fato notório que a região estava loteada entre inúmeras ONG’s, mas desde então o número delas aumentou exponencialmente. Cito somente algumas: o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), intimamente ligado à Comissão Pastoral da Terra através da qual existem conexões com o MST e organismos internacionais como as FARC, a Via Campesina, a Indiana Navdanya Farmers Network and the Research Foundation on Science, Technology, and Ecology, dirigida pela Drª. Vandana Shiva; Nayakrishi Andolon (New Agricultural Movement) de Bangladesh; a organização suíça E-Changer, CCPY - Comissão Pró-Yanomami; Secoya - Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami; Opan - Operação Amazônia Nativa; Cafod - Catholic Agency for Overseas Development, CESE - Coalition for Excellence in Science Education - da Packard Foundation; COIAB - Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, OXFAM - Oxford Committee for Famine Relief, Rainforest Foundation, Survival International. O site do Conselho Indígena de Roraima - CIR cita várias outras.

Listá-las todas é um trabalho hercúleo que já estou tentando (já registrei mais de cinqüenta) e oportunamente divulgarei. O resultado é que nossa fronteira, do Mato Grosso ao Amapá é uma verdadeira peneira com mais buracos do que fios. Desde o fim dos governos militares só fizeram aumentar os furos de tal modo que, de acordo com algumas estimativas, em breve poderemos ter a “declaração de independência” de mais de 200 “nações” indígenas que solicitariam – e certamente obteriam – reconhecimento por parta da OEA, da ONU, da Comunidade Européia e das casas reais européias. Essas ONG’s estão em íntimo contato com a ONU, com a qual possuem uma relação simbiótica, participando ativamente de reuniões como o “Fórum Permanente da ONU para Assuntos Indígenas” onde, na reunião deste ano (21 de abril a 03 de maio) integrantes da COIAB denunciaram a situação em Raposa Serra do Sol.

Quando as fronteiras estão assim arrasadas e quando Governadores, Parlamentares e empresários brasileiros recorrem à Clarence House para de forma abjeta e degradante consultar o Príncipe Charles sobre o quê fazer com a Amazônia (ver em http://www.amazonia.org.br/english/noticias/noticia.cfm?id=268606), cabe a pergunta: a soberania brasileira está reduzida a quê? Ou melhor, ainda somos um país soberano? Será que ainda cabe perguntar se é possível salvar nossas fronteiras, ou se deve ser substituída por: será que ainda há tempo de retomá-las, expulsando todas as ONG’s e fazendo cumprir o Artigo 142 da Constituição do Brasil?



* O autor é escritor e comentarista político, membro da International Psychoanalytical Association e ex-Clinical Consultant, Boyer House Foundation, Berkeley, Califórnia, Membro do Board of Directors da Drug Watch International, e Diretor Cultural do Farol da Democracia Representativa (www.faroldademocracia.org) . Possui trabalhos nas áreas de psicanálise e comentários políticos publicados no Brasil e exterior. E é ex-militante da organização comunista clandestina, Ação Popular (AP). Fonte: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6607&language=pt.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Recomendo...

Visitem o site Escola Sem Partido. É muito bom. Conteúdo de primeira qualidade. Será uma ferramenta para instruí-lo melhor.

Entendendo a esquerda sexual...

Eu conheci uma das fundadoras do PT. A mulher me relatou o submundo que rege o partido.

O artigo abaixo relata exatamente o tipo de vida esquerdista. O depoimento da mulher foi impressionante. A troca de casais. O vício das drogas. As diversas orgias. Tudo isso é comum do cotidiano da esquerda brasileira. Estes são os homens que hoje governam o país.


por Dale O’Leary

A esquerda sexual é uma coalizão informal de grupos de ativistas que obtiveram poder considerável e usam esse poder para forçar sua agenda no mundo.

A esquerda sexual são os utilitaristas sexuais. Eles crêem que a vida deve ser dedicada à busca do prazer. Para eles, não vale a pena viver uma vida sem prazer. O prazer sexual é o prazer mais elevado e tudo o que frustra a busca do prazer sexual é ruim e deve ser eliminado. Todos devem ser livres (e na verdade incentivados) a buscar o nível mais elevado de prazer sexual independente de sexo, idade, religião, sozinhos ou com qualquer número de pessoas simultaneamente ou seqüencialmente, independente do tipo particular de conduta sexual envolvida, relacionamento ou condição conjugal, por dinheiro, em público ou privado. A única restrição é o consentimento, a qual é respeitada de forma relaxada no que se refere à idade e/ou capacidade mental dos participantes. Eles realmente reconhecem que as crianças pequenas podem não estar em condições de dar um consentimento de fato consciente para ter sexo com adultos, mas sistematicamente favorecem a diminuição da idade de consentimento e incentivam as crianças, até mesmo crianças novas, a se engajar em sexo ou jogos sexuais com colegas da mesma idade.

Os esquerdistas sexuais reconhecem que a liberdade sexual absoluta pode levar à gravidez e a infecções transmitidas por sexo. Portanto, eles têm um compromisso apaixonado pela legalização do aborto, contracepção para moças solteiras e distribuição de camisinhas.

Para promover sua agenda de liberdade sexual absoluta, a esquerda sexual faz campanhas exigindo mudança nas políticas públicas. Essas campanhas eliminarão todas as leis que frustram a busca do prazer sexual. Eles se opõem às leis contrárias à prostituição, pornografia e sexo público. Eles apóiam a tolerância absoluta para todas as aberrações sexuais, a redefinição do casamento, a liberdade de assumir qualquer identidade sexual, as tão chamadas operações de “mudança de sexo” e o direito legal de mudar a designação sexual de uma pessoa.

Reconhecendo a hostilidade que muitas pessoas sentem para com toda ou parte dessa agenda, a esquerda sexual embarcou numa campanha imensa de educação sexual designada para promover sua agenda nas escolas, começando com crianças bem novas. Tal educação sexual abrangente é promovida aos pais como uma medida de prevenção contra a gravidez entre as adolescentes, infecções transmitidas por sexo e abuso sexual de crianças. Aliás, a educação sexual abrangente é designada para eliminar a modéstia e ridicularizar os ensinos cristãos com relação à abstinência antes do casamento, para promover experimentos sexuais, inclusive masturbação, jogos sexuais com o mesmo e outro sexo, tolerância para com a sexualidade não conjugal, inclusive relações homossexuais, e várias formas de perversão sexual.

A meta da esquerda sexual é tornar tal educação sexual abrangente obrigatória para todas as crianças sem que os pais sejam notificados e sem o consentimento dos pais, negando aos pais o direito de retirar uma criança de uma parte ou do programa inteiro. Eles querem que a educação de abstinência seja proibida. Toda menção a essa educação é marginalizada como ineficiente.

As preocupações da esquerda sexual não se limitam à educação sexual direta. Eles também buscam minar as convicções cristãs distorcendo o papel que o Cristianismo historicamente desempenhou na civilização e a importância do Cristianismo no estabelecimento dos direitos humanos. Eles se opõem a todas as referências a um Deus criador, ou ao fato de que Deus criou o mundo. Eles se opõem sistematicamente às escolas particulares, às escolas cristãs, às escolas só para meninos ou só para meninas e à educação escolar em casa, pois essas opções permitem que os pais tenham a liberdade de decidir a educação de seus filhos e restringir o poder da esquerda sexual de influenciar a educação.

Os esquerdistas sexuais reconhecem que o Cristianismo tradicional é inimigo de sua agenda. A fim de enfrentá-lo, eles vêm trabalhando muito para ganhar controle de muitas denominações cristãs, universidades cristãs e outras instituições originalmente fundadas para promover ensinos cristãos. Eles estão pervertendo essas instituições para servirem à sua agenda. Isso é particularmente evidente no fato de que a peça “Monólogos da Vagina” é encenada em universidades supostamente católicas.

Filosoficamente, muitos esquerdistas sexuais adotaram a ideologia de desconstrução pós-moderna, que sustenta que a língua é uma ferramenta dos opressores. De acordo com a opinião deles, as mulheres e as “minorias sexuais” são oprimidas. Quando os esquerdistas sexuais ganham o poder, eles o usam para forçar sua versão politicamente correta nas universidades, nas entidades profissionais e outras instituições. Qualquer objeção à promoção da ideologia da esquerda sexual é rotulada de “intolerante, sexista, homofóbica, heterossexista e equivalente a racismo”. Os esquerdistas sexuais estão agora lutando para que sejam aprovadas leis contra “discriminação com base na preferência sexual”, impondo multas e castigos para qualquer pessoa que se opuser à agenda deles.

A esquerda sexual se afastou dos Princípios Liberais dos Direitos Humanos Universais e das instituições democráticas, e abraçou a perspectiva neo-marxista da dialética da opressão sob a qual só os oprimidos têm direitos. Os opressores não têm nenhum direito. Sob essa cosmovisão, os pais e as instituições cristãs que se opõem à agenda da esquerda sexual não têm nenhum direito de obstruir a liberdade das minorias sexuais oprimidas. Isso é um ataque direto à liberdade religiosa, aos direitos dos pais e à liberdade de expressão. Assim, embora os esquerdistas sexuais afirmem que a liberdade de expressão protege a obscenidade e a pornografia, eles rotineiramente tiram daqueles que se opõem à agenda deles o direito de falar ou participar de debates públicos.

Os liberais modernos não estão conseguindo resistir às exigências da esquerda sexual porque eles adotaram a tolerância como seu valor mais elevado e se acham incapazes de fazer juízos morais acerca da sexualidade. (Por outro lado, eles se acham bem capazes de fazer juízos morais acerca de guerra e meio-ambiente.) Os liberais seculares modernos não só rejeitam as leis divinas com respeito à atividade sexual, mas também rejeitam a lei natural. Eles se apegam à ilusão de que as diferenças entre homens e mulheres são irrelevantes e que a ciência moderna venceu o problema da gravidez indesejada e doenças transmitidas por sexo.

O livro Unprotected (Desprotegido), escrito por um terapeuta que trabalha com estudantes universitários, apresenta um quadro assustador dos efeitos dessas perspectivas em moças vulneráveis. Esse médico preocupado cataloga as formas pelas quais negam sistematicamente aos estudantes informações acerca dos riscos físicos e psicológicos de suas escolhas sexuais.

Os esquerdistas sexuais promovem sua agenda sob o pretexto de Direitos Sexuais e Reprodutivos, que incluem um direito ilimitado ao aborto, contracepção, camisinhas, liberdade sexual absoluta, direitos gays e educação sexual abrangente obrigatória.

Sua ideologia utilitarista também os leva a apoiar tecnologias reprodutivas que não respeitam a dignidade da criança em gestação, pesquisas que envolvem embriões humanos, e eutanásia.

Embora a esquerda sexual comece com uma promoção do prazer, suas políticas inevitavelmente levam ao sofrimento humano — a morte de bebês em gestação, a angústia de suas mães, o flagelo da AIDS e a desordem social provocada por famílias sem um pai. Seria de supor que, considerando o imenso aumento em sofrimento, aqueles que buscam prazeres repensariam os objetivos de suas políticas, mas para eles o sofrimento é simplesmente o preço que tem de ser pago em prol de sua revolução sexual. Eles sabem que bebês morrem, eles sabem que mães sofrem angústia e eles vêem a devastação da epidemia da AIDS. Mas eles não se importam. Eles nem mesmo alegam que sua educação sexual e distribuição de camisinhas impedirão as conseqüências negativas. Eles próprios confessam que seu objetivo são estratégias de redução de riscos. Eles antecipam certo nível de fracasso.

É importante que aqueles que defendem a vida, os valores cristãos e a família compreendam que eles não estão lutando combates individuais acerca de questões de políticas públicas que nada têm a ver uma com a outra. Quer a questão seja aborto, educação sexual, políticas de AIDS na África, pesquisas com células-tronco embrionárias, a redefinição do casamento ou a eutanásia, por trás de todas essas questões está uma cosmovisão que é oposta à verdade cerca da pessoa humana.


Título original: Understanding the Sexual Left

Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com

Publicado no Brasil com exclusividade, com a permissão direta da autora.

Hugo Chavez e a sedução, monitoração e controle sobre as igrejas cristãs da Venezuela...

VENEZUELA Há poucos quilômetros dentro da abafada floresta venezuelana, que faz fronteira com a Colômbia, grupos guerrilheiros se movimentam sem que as autoridades locais ofereçam nenhum obstáculo. A população civil já se acostumou com o enxame de guerrilheiros que circula pelo local.

Em meio à essa atmosfera tensa, nove pastores confidenciaram seus temores e dividiram suas lágrimas com a Portas Abertas em uma série de reuniões realizadas nos dias 8 e 9 de abril. Juntos, os pastores e a Portas Abertas elaboraram um plano de ajuda aos cristãos da Venezuela.

Na opinião dos pastores e de outras pessoas, o presidente Hugo Chávez quer “colocar ordem” nas organizações independentes — e que, portanto, não podem ser monitoradas. Entre essas organizações está a Igreja. Muitas congregações são arredias no que diz respeito ao controle de qualquer tipo de governo humano.

Desde sua eleição como presidente, em 1998, Hugo Chávez tem dirigido a nação rumo ao socialismo. Apesar de o Reino de Deus ser espiritual e o socialismo, materialista, há pastores que compartilham a ideologia de Chávez e estão dispostos a acomodar seu ensino bíblico a essa ideologia.

Para os chavistas, o governo tem sido bastante generoso, dado dinheiro e ajudado com programas sociais e de desenvolvimento. Em troca, os beneficiados precisam apoiar Chávez e mesmo informar ao governo o que acontece na igreja.

Para aumentar o controle, Chávez estabeleceu Conselhos Públicos em praticamente todas as comunidades venezuelanas. Em abril do ano passado, a Assembléia Nacional aprovou a Lei dos Conselhos Públicos que regula o funcionamento e o financiamento desses órgãos.

Nos conselhos, os cidadãos criam, controlam e avaliam a política pública. Somente as pessoas que concordam com a política de Chávez podem participar dos conselhos, o que inclui muitos cristãos que concordam com a linha social do governo.

Perseguição velada

Recentemente, o Pr. Armando* foi acusado de “obstruir a paz entre vizinhos”. O motivo: ele se encontrou com outro pastor e alguém reclamou que os dois homens estavam orando muito alto.

No dia seguinte ele foi informado que um conselho público estava pronto para expulsá-lo de seu apartamento. Quando Armando disse que não oraria em seu apartamento com seu amigo novamente, o conselho permitiu que ele permanecesse em sua casa.

Desde o dia 11 de janeiro de 2007, cerca de 35.000 conselhos públicos foram estabelecidos. A expectativa é que esse número cresça para 50.000 até o meio deste ano.

Os conselhos, formados por pessoas que respondem ao governo venezuelano, têm poder para tomar decisões locais e judiciais, entre elas o poder de confiscar propriedades. Os conselhos também são apoiados por milícias que também trazem informações sobre pessoas que discordam da política de Hugo Chávez.

Igreja dividida

Atualmente, a Igreja da Venezuela está dividida. Alguns pastores entendem o perigo que essa situação pode trazer para o futuro da Igreja. Outros não. No início de sua campanha pela presidência, Hugo Chávez chorou na frente de pastores e pediu para que orassem por ele. Depois de eleito, entretanto, em seu programa dominical “Olá, Presidente”, Chávez disse que não acreditava no Deus Todo-Poderoso em que os cristãos acreditam.

Ele chamou o Gênesis e o fato de Deus ter criado Eva de uma costela de Adão de “absurdo”, acrescentando que nunca tinha crido naquilo, nem mesmo quando era criança e freqüentava a Igreja Católica romana.

Medidas de Chávez impostas aos cristãos:

O referendo radical de 2007 de Hugo Chávez inclui medidas que pretendem submeter a igreja venezuelana ao controle estatal. As medidas incluem:

• A igreja deve ter o mínimo de 200 membros e ter um certificado dos conselhos públicos.

• Congregações menores precisam alcançar o número mínimo de membros.

• Todas as igrejas de uma comunidade devem utilizar o mesmo prédio.

• Os pastores são obrigados a realizar casamento entre homossexuais.

• Os pastores que pregarem contra o homossexualismo e determinadas questões morais devem ser denunciados e condenados (exatamente como tenta-se implantar no Brasil).

Mesmo que a punição não tenha sido estabelecida, é provável que seja pena de prisão.

No dia 6 de dezembro de 2007, a votação nacional refutou essas medidas com pouca diferença de votos. Mesmo depois de os eleitores estreitarem sua passagem, Hugo Chávez continua em sua caminhada rumo ao controle da Venezuela — e da Igreja venezuelana. O presidente impôs mudanças ao país “por trás dos bastidores” que copiam os modelos chinês, cubano e de outros países socialistas.

Uma das maneiras de impor sua vontade é através do Congresso “de fachada”, constituído por maioria chavista. Logo, o Congresso discutirá as medidas e vai decidir se as transformarão em lei ou não.

Tradução: Priscilla Figueiredo

Fonte: Missão Portas Abertas

A escória do mundo...

por Olavo de Carvalho

Vou resumir aqui umas verdades óbvias e bem provadas, que uma desprezível convenção politicamente correta proíbe como indecentes.

Todo comunista, sem exceção, é cúmplice de genocídio, é um criminoso, um celerado, tanto mais desprovido de consciência moral quanto mais imbuído da ilusão satânica da sua própria santidade.

Nenhum comunista merece consideração, nenhum comunista é pessoa decente, nenhum comunista é digno de crédito.

São todos, junto com os nazistas e os terroristas islâmicos, a escória da espécie humana. Devemos respeitar seu direito à vida e à liberdade, como respeitamos o dos cães e das lagartixas, mas não devemos lhes conceder nada mais que isso. E seu direito à vida cessa no instante em que atentam contra a vida alheia.

Nos anos 60 e 70, a guerrilha brasileira não foi nenhuma epopéia libertária, foi uma extensão local da ditadura cubana que, àquela altura, já tinha fuzilado pelo menos dezessete mil pessoas e mantinha nos cárceres cem mil prisioneiros políticos simultaneamente, número cinqüenta vezes maior que o dos terroristas que passaram pela cadeia durante o nosso regime militar, distribuidos ao longo de duas décadas, nenhum por mais de dois anos – e isto num país de população quinze vezes maior que a de Cuba. Nossos terroristas recebiam dinheiro, armas e orientação do regime mais repressivo e assassino que já houve na América Latina, e ainda tinham o cinismo de apregoar que lutavam pela liberdade.

Agora que estão no poder, enchem-se de verbas públicas e justificam a comedeira alegando que o Estado lhes deve reparações. O dinheiro do Estado é do povo brasileiro e o povo brasileiro não lhes deve nada. Eles é que devem aos filhos e netos daqueles que suas bombas aleijaram e seus tiros mataram.

Perguntem aos cidadãos, nas ruas: “O senhor, a senhora, acham que têm uma dívida a pagar aos terroristas, pelo simples fato de que a violência deles foi vencida pela violência policial? O senhor, a senhora, acham justo que o Estado lhes arranque impostos para enriquecer aqueles que se acham vítimas injustiçadas porque o governo matou trezentos deles enquanto eles só conseguiram, coitadinhos, matar a metade disso?”

Façam uma consulta, façam um plebiscito. A nação inteira responderá com o mais eloqüente NÃO já ouvido no território nacional.

É claro que os crimes que esses bandidos cometeram não justificam nenhuma barbaridade que se tenha feito contra eles na cadeia. Mas justifica que estivessem na cadeia, embora tenham ficado lá menos tempo do que mereciam. E justifica que, surpreendidos em flagrante delito e respondendo à bala, fossem abatidos à bala.

Mas eles não acham isso. Acham que foi um crime intolerável o Estado ter armado uma tocaia para matar o chefe deles, Carlos Marighela, confessadamente responsável por atentados que já tinham feito várias dezenas de vítimas inocentes; mas que, ao contrário, foi um ato de elevadíssima justiça a tocaia que montaram para assassinar diante da mulher e do filho pequeno um oficial americano a quem acusavam, sem a mínima prova até hoje, de “dar aulas de tortura”.

Durante a ditadura, muitos direitistas e conservadores arriscaram vida, bens e reputação para defender comunistas, para abrigá-los em suas casas, para enviá-los ao exterior antes que a polícia os pegasse. Não há, em toda a história do último século, no Brasil ou no mundo, exemplo de comunista que algum dia fizesse o mesmo por um direitista.

Sim, os comunistas são diferentes da humanidade normal. São diferentes porque se acham diferentes. São inferiores porque se acham superiores. São a escória porque se acham, como dizia Che Guevara, “o primeiro escalão da espécie humana”.

Eles têm, no seu próprio entender, o monopólio do direito de matar. Quando espalham bombas em lugares onde elas inevitavelmente atingirão pessoas inocentes, acham que cumprem um dever sagrado. Quando você atira no comunista armado antes que ele o mate, você é um monstro fascista.

Por isso é que acham muito natural receber indenizações em vez de pagá-las às vítimas de seus crimes.

Quem pode esperar um debate político razoável com pessoas de mentalidade tão deformada, tão manifestamente sociopática?

Um comunista honesto, um comunista honrado, um comunista bom, um comunista que por princípio diga a verdade contra o Partido, um comunista que sobreponha aos interesses da sua maldita revolução o direito de seus adversários à vida e à liberdade, um comunista sem ódio insano no coração e ambições megalômanas na cabeça, é uma roda triangular, um elefante com asas, uma pedra que fala, um leão que pia em vez de rugir e só come alface. Não existiu jamais, não existe hoje, não existirá nunca.

Assistam! Vale a pena...

A minha admiração por este homem tem aumentado. Num post anterior, eu exibi um vídeo do mesmo deputado, mas este é incomparavelmente melhor.

O pronunciamento do deputado Bolsonaro só pecou por incompletude, que a brevidade explica. Primeiro, não é só o ministro Genro que é terrorista e mentiroso. O governo Lula está repleto deles. Segundo, esses indivíduos não são só terroristas e mentirosos: são traidores do Brasil, mercadores da soberania nacional. Subiram ao poder para doar Roraima aos globalistas, a Petrobrás à Bolívia, Itaipu ao Paraguai, as favelas do Rio às Farc e, por toda parte, terras produtivas à Via Campesina. Nenhum brasileiro lhes deve respeito. O simples fato de alguém como o general Heleno, o deputado Bolsonaro ou até um zé-ninguém como eu lhes dirigir a palavra já é honra que não merecem. Não digo que o lugar deles seja a cadeia, onde há delinqüentes recuperáveis. Nem o cemitério, onde repousam defuntos virtuosos. Nem o lixo, que pode ser reciclado. Não, não há no mundo um espaço apropriado para eles. Talvez somente o inferno os abrigasse. Foi por isso que criaram o Foro de São Paulo. Cada um deles é agora o homem certo no lugar certo.


Touraine, por qué no te callas?

por Olavo de Carvalho

Em recente entrevista à France-Presse, em Lima, o mundialmente célebre sociólogo francês Alain Touraine disse que “a América Latina caminha para a direita”. O argumento que ele apresentou para justificar uma afirmativa tão extravagante foi que “nenhum dos países da região fez reformas para reduzir a desigualdade”.

A ciência política nasceu quando Platão e Aristóteles distinguiram entre o discurso do agente político que quer produzir certos efeitos práticos e o discurso teorético do estudioso que quer apenas compreender a ação política. Decorridos dois mil e quatrocentos anos, ainda há quem se esforce para apagar essa distinção, de modo a que o olhar atento do filósofo não constitua obstáculo à ação política baseada na confusão e no erro. Hoje em dia esse esforço é premiado com honras acadêmicas e aplausos da mídia, constituindo mesmo tudo o que um cidadão precisa fazer para celebrizar-se como cientista político.

“Direita” e “esquerda” são termos que podem ser usados seja por um observador para descrever entidades políticas concretas, seja por essas mesmas entidades para definir-se a si próprias ou a seus adversários. Têm, portanto, três camadas básicas de significado. São, em primeiro lugar, nomes de grupos políticos atuantes, perfeitamente identificáveis. Em segundo lugar, nomeiam um conjunto de ideais e valores, reais ou fictícios, alegados para legitimar as ações desses grupos. Em terceiro lugar, e com emprego inverso, constituem o nome de vícios e crimes que cada um dos grupos imputa ao respectivo adversário. Só o primeiro desses três sentidos corresponde diretamente a uma realidade objetiva: os outros dois são expressões simbólicas de emoções e preferências subjetivas.

Deixar claro em qual desses três sentidos as expressões estão sendo usadas é um dever que incumbe até mesmo às pessoas empenhadas na pura ação política, quanto mais ao estudioso acadêmico. Confundir os significados é a obra dos demagogos e charlatães.

Na primeira das três acepções, “esquerda” é o nome das entidades que sustentam a política de Lula, no Brasil, de Hugo Chávez, na Venezuela, de Evo Morales, na Bolívia, etc. Na segunda acepção, representa o conjunto de pretextos ideológicos que legitimam essa sustentação, o mais veemente dos quais é a promessa de “reduzir as desigualdades”. Na terceira, expressa a auto-imagem desses grupos enquanto inimigos da “direita”, identificada, para fins de propaganda, como criadora e beneficiária da desigualdade.

Nos países latino-americanos presentemente governados pela esquerda, os partidos que ela denomina “de direita” -- dos quais alguns se autodefinem como tal e outros não -- encontram-se cada vez mais distanciados não só do poder como da mera possibilidade de alcançá-lo um dia, tal a força dos mecanismos repressivos e de controle, ostensivos ou sutis, que a esquerda dominante mobilizou contra eles.

Em segundo lugar, a esquerda latino-americana está organizada supranacionalmente, através do Foro de São Paulo e da sua bem azeitada rede de contatos, que lhe tem propiciado vitórias em cima de vitórias, enquanto os partidos de direita se limitam a reações locais e inconexas, incapazes de fazer face a uma estratégia continental unificada. Muitos desses partidos encontram-se tão debilitados que já temem ostentar o rótulo de direitistas e buscam adaptar-se ao esquerdismo triunfante por meio de toda sorte de concessões pusilânimes e mimetismos simiescos.

Mais ainda, as organizações de esquerda, apoiadas por fundações bilionárias, por organismos internacionais e pela grande mídia da Europa e dos EUA, tem hoje recursos financeiros com que nenhum partido de direita ousaria nem mesmo sonhar.

Por fim, o governo dos EUA, em vez de contrabalançar a situação ajudando os partidos latino-americanos de direita no seu próprio interesse, insiste na velha tática de buscar “conter a esquerda radical” por meio do apoio à “esquerda moderada”, ignorando solenemente a solidariedade profunda entre as duas esquerdas e ajudando a marginalizar e estrangular as poucas forças de direita e pró-americanas que possam restar no continente.

Nesse panorama, a coisa mais evidente é que a esquerda, como força concreta organizada, já domina a América Latina como nenhuma outra corrente política unificada jamais dominou antes, e que as perspectivas de afastá-la do poder são cada vez mais remotas e, a curto prazo, praticamente inexistentes.

Por outro lado, é um fato histórico inegável que a esquerda, justamente nos países que dominou da maneira mais completa e incontrastada, como a URSS, a China ou Cuba, não só fez pouco ou nada para reduzir as desigualdades, como realmente as aumentou. Tanto do ponto de vista político quanto do econômico, a distância entre os privilegiados e a massa popular aí cresceu a um ponto que o cidadão comum das democracias mal pode conceber, mas que se mede em números: jamais se morreu de fome, no mundo, como se morreu nessas nações governadas por nababos revolucionários. Em matéria de fome e miséria, nada, nos países capitalistas, ou mesmo na maior parte das colônias das antigas potências européias, se compara ao que se passou na Ucrânia em 1932-33 ou na China durante o “Grande Salto para a Frente”.

Definir a esquerda pela “luta contra a desigualdade” é defini-la pelo seu discurso de auto-exaltação ideológica exclusivamente, vendendo como realidade atual e concreta o que é somente um slogan publicitário e uma promessa jamais cumprida. Isso não é ciência, é vigarice intelectual. Vigarice tanto mais intolerável quando acoplada à fraude semântica complementar e inversa que, recusando à direita o privilégio conferido à esquerda, de autodefinir-se por seus ideais nominais, a define pelos males e pecados que a esquerda lhe imputa.

Mas fazer desse truque imoral o fundamento para o diagnóstico de uma situação política concreta, saltando da mera confusão proposital de conceitos à falsificação de um estado de fato, já é ir além da pura vigarice, é abdicar da condição de intelectual e rebaixar-se ao nível dos demagogos mais chinfrins e desprezíveis.

Além de camuflar o poder da esquerda sob o falso alarma de uma guinada à direita, desviando as atenções gerais de um desastre atual e presente para um perigo remoto e fictício, o prof. Touraine transforma em propaganda esquerdista aquilo que, pela sua substância fática, só poderia e deveria ser um ataque frontal à hipocrisia das organizações de esquerda, ao já proverbial cinismo com que, uma vez chegadas ao poder, elas só se ocupam em conquistar mais poder ainda, em vez de zelar pelo bem do povo que nelas confiou.

Não, o que define a esquerda, historicamente, não é a luta contra a desigualdade. É a luta pela concentração de poder político, sob o pretexto de combater a desigualdade. Foi isso o que se viu na Revolução Francesa, na Revolução Russa, na Revolução Chinesa, na Revolução Cubana e por toda parte onde a esquerda reinou sem ser atrapalhada pela presença da maldita direita. Mesmo nas nações democráticas, onde tem adversários a enfrentar, a esquerda busca sempre aumentar por todos os meios possíveis o poder da burocracia estatal. E, como a concentração do poder político concentra também necessariamente o poder econômico – motivo pelo qual os capitalistas monopolistas ajudam sempre a esquerda, não a direita --, a esquerda mundial deve ser definida estritamente, segundo a substância da sua realidade histórica, como a força política que há pelo menos dois séculos promove a desigualdade em nome da igualdade.

Nenhum cientista social, mesmo sem o prestígo do prof. Touraine, tem jamais o direito de tomar slogans como realidades, seja para favorecer o seu próprio grupo político, seja para denegrir o adversário.

Quatro décadas de fraude...

por Olavo de Carvalho

Em 1965, o célebre editor comunista Ênio Silveira lançou o livro de Edmar Morel, O Golpe Começou em Washington . Desde então, cada ano traz uma nova safra de livros, teses universitárias e reportagens que, com pequenas variações, reiteram ad nauseam a mesma tese: o golpe que derrubou o presidente João Goulart foi obra da CIA.

Embora a insistência em buscar novas provas sugira que as provas anteriores não provaram nada, o efeito dessa produção editorial se exerce automaticamente pelo número de obras, que não precisam ser lidas para funcionar como símbolos onipresentes de uma verdade venerável.

No entanto, essa imensa literatura vale rigorosamente nada. Toda ela, de alto a baixo, é puro charlatanismo, ainda mais criminoso quando praticado por historiadores e politólogos de ofício que a adornam com o prestígio do conhecimento acadêmico, da "ciência".

Ciência – ou mesmo jornalismo, quando digno do nome – não é nunca empilhar indícios em favor de uma afirmativa. Não é nem mesmo organizá-los de modo a dar ares de consistência lógica a essa afirmativa. Ciência – ou mesmo investigação jornalística – é confrontar uma afirmativa com suas opostas, somando os fatores em favor de todas as alternativas com igual isenção, até que uma conclusão se imponha racionalmente contra ou a favor das preferências do investigador.

Se não há confrontação de hipóteses, não há ciência, não há jornalismo, não há conhecimento: há apenas oratória política, propaganda.

A obrigação do confronto é tão indispensável na busca da verdade, que, mesmo quando os próprios fatos não sugiram desde logo uma hipótese alternativa, o investigador tem a obrigação de criá-la como instrumento de aferição.

Mas se a alternativa já está presente, manifesta, visível, declarada no próprio tecido dos fatos, a teimosia em ignorá-la, a fuga à confrontação, a insistência obsessiva em argumentar a favor de uma única hipótese denotam algo mais que parcialidade: denotam a fraude pura e simples.

No caso da alegada participação americana na derrubada de João Goulart, o principal agente da inteligência soviética no Brasil na época, o tcheco Ladislav Bittman, já confessou claramente que ele próprio e seus colaboradores inventaram essa história em abril de 1964, produziram os documentos falsos necessários para dar-lhe verossimilhança e conseguiram impingi-la a toda a grande mídia brasileira (v. Sugestão aos colegas).

Na História, na investigação jornalística ou num inquérito policial, nenhuma prova ou indício tem mais valor que a confissão do acusado. Até o momento, nenhum ex-agente da CIA ou de qualquer órgão do governo americano apareceu confessando intromissão em assuntos brasileiros, malgrado a mania notoriamente endêmica que, na terra de Phillip Agee e Daniel Elsberg, essas criaturas têm de abrir todas as caixas pretas tão logo saem do emprego. Na verdade, nenhuma das obras do vasto gênero aqui considerado jamais forneceu um só nome de agente da CIA comprovadamente lotado no Brasil em 1964. O único nome líquido e certo é o do homem da KGB – e ele confessa ter inventado ponto por ponto a versão que se consagrou como cláusula pétrea da memória nacional.

No mínimo, o golpe de 64 foi um episódio da Guerra Fria, e a Guerra Fria não se travou entre o malvado Império e meia dúzia de desamparados brasileirinhos. Travou-se entre uma democracia capitalista e duas ditaduras comunistas. É impossível descrever honestamente a ação de uma dessas forças num país do Terceiro Mundo sem levar em conta a presença da força contrária. A história da suposta interferência americana no golpe de 64 suprime sistematicamente metade do cenário, e tem dois bons motivos para fazê-lo. Primeiro: a prova da sua mendacidade está guardada na metade suprimida. Segundo: Bittman confessa que tinha a seu serviço algumas dezenas de jornalistas brasileiros. Eles não podem contar essa história direito porque ela é a sua própria história.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Eu não o domino...

Fico espantado e maravilhado. Quem não fica assim com Deus? Ele é único e singular. Não é previsível. Não se prende a métodos. Radicalmente livre. Assim também é a sua graça.

Todas as vezes que me recolho para orar espero por algo. Crio expectativas. Deus surpreende. Dinâmica é sua maneira de se relacionar com pessoas. Eu não o domino. Não posso dizer – faça isso ou faça aquilo. A espontaneidade do imenso Criador é criar um ambiente em que Ele mesmo se manifeste. Eu me fascino com Deus.

A ingenuidade dos homens é cruel. Por que muitos tentam aprisionar a beleza da Liberdade? Que o meu coração nunca seja fisgado pela pretensão de dominá-lo. Espero e anseio que cada encontro com Ele seja único. Que seja escrito pela surpreendente criatividade que Ele tem de me cativar.

Quero a cada dia conhecer o Deus que surpreende as minhas expectativas.

Façamos o que Dilma não fez no Programa do Jô: Falar a Verdade...


por Reinaldo Azevedo

Falarei de Dilma Rousseff? E o que faz esta foto aí acima? Vocês entenderão.

A ministra estreou ontem como “política” com aspirações a testar um dia a sorte nas urnas. Sim, até havia pouco, Dilma só fazia pronunciamentos mais ou menos oficiais, mesmo quando no “palanque”. No começo desta madrugada, no programa Jô Soares, assistimos à performance da candidatável. Performance fraca. Dilma é ruim de cintura pra chuchu. Fernando Haddad, da Educação, no mesmo sofá e diante de um entrevistador igualmente friendly, conseguiu ser mais palatável. Ele também superestimou, como de hábito nessa profissão, os números de sua pasta. Mas é dono de uma fala bem mais fluida e de um discurso mais organizado do que o da companheira. E não precisou exagerar no oposto da verdade — que vem a ser a famigerada “mentira”. Tenho uma vaga memória da Família Trapo. Ontem, o Bronco, Ronald Golias, certamente teria feito a festa.

A grande mentira
Num post da noite passada, chutei que Jô Soares poria no ar, mais uma vez, o discurso de Dilma respondendo àquela famosa pergunta do senador José Agripino (DEM-RN) durante o depoimento da ministra na Comissão de Infra-Estrutura. Na mosca! Mais uma vez, tivemos de ouvir Dilma dizer que mentiu, sim, sob tortura, “o que não é fácil” (claro, fácil é mentir no sofá, não na cadeira do dragão). Mais: daquele seu discurso, ecoa a frase: “Na democracia, senador, a gente diz a verdade”. A platéia e o apresentador aplaudiram. E Jô Soares: “O senador poderia ter ficado calado. Que vergonha!”

É mesmo. Uma vergonha! Minutos antes, diante de um Jô Soares sempre muito amigável, ela tinha acabado de negar a existência do dossiê — o mesmo hoje reconhecido até pela Polícia Federal. Insistiu na tese do banco de dados. E não teve receio: “Se tiraram informação de lá, é outra coisa”. Quem “tiraram”, cara pálida? Já está provado também que o arquivo nos computadores da Casa Civil é rigorosamente igual ao dossiê divulgado.

Ok. Jô Soares não faz jornalismo, mas entretenimento. Nada contra. Se, no entanto, entrevista uma ministra de estado e trata de política, parece-me que o entrevistado tem de ser confrontado com os fatos. A ministra aplaudida porque, no Senado, num rasgo retórico, afirmou que, na democracia, é preciso dizer a verdade tinha acabado de contar uma estrondosa mentira. E não parou por ali. Afirmou que conheceu vagamente o agora ministro Carlos Minc (Meio Ambiente). Não! Ambos pertenceram ao mesmo grupo terrorista, a VAR-Palmares, nascida da aliança da Colina com a VPR. Ela planejou o assalto ao famoso “cofre de Adhemar”, que ele ajudou a executar. Dilma negou seu envolvimento direto no episódio — o que também vem a ser o oposto da verdade. Não participou da invasão da casa porque era importante demais na organização para se expor.

Mais mentiras
Mas e daí? O território era absolutamente hospitaleiro. Na passagem do primeiro para o segundo bloco, travou-se o seguinte diálogo:
Jô – Tenho muita admiração por sua participação na luta armada. Eu sei que você fica sempre muito acanhada quando se fala nisso.
Dilma – Não é acanhada. Eu fico sempre muito emocionada.

Na volta do intervalo, Dilma vendeu a tese furadíssima, também mentirosa, de que a guerrilha e o terrorismo foram só uma forma de resistência à ditadura. E atribuiu a própria luta ao que chamou “generosidade dos jovens”. Comentando o assalto ao cofre do Adhemar, recorreu ao sujeito indeterminado: “fizeram”, “pegaram”, “o que se dizia é que tinha documentos”... Tratou do episódio como se não fosse com ela.

Como se nota, essa gente só reivindica heroísmo quando pode aparecer como vítima. Num dado momento da conversa, contou que chegou a cozinhar com Carlos Lamarca. Deve ter sido realmente um momento encantador. Em 1970, ano em que Dilma foi presa, Lamarca tinha como seu prisioneiro o tenente Alberto Mendes Júnior, da PM de São Paulo. É aquela foto lá do alto. A exemplo de Dilma ao ser presa, ele também tinha 23 anos (ela faltou com a verdade no Senado ao dizer que tinha 19). Mas o tenente teve menos sorte do que a agora ministra: Lamarca e os companheiros esmagaram seu crânio a coronhadas de fuzil. Segundo a Dama de Vermelho, o assassino cozinhava muito bem. Mas esmagava crânio com ainda mais competência. Ela falou do terrorista com doce nostalgia.

Dilma também se escusou de dizer a verdade — para quê?; não havia menor necessidade — ao comentar a saída de Marina Silva. A sua versão foi de fazer inveja aos melhores momentos do estado soviético: Marina teria saído porque julgou “que o trabalho dela havia sido concluído”. Ora, nem a carta de demissão da ex-ministra permite essa ilação.

Mentiras outra vez
A “entrevista” começou e terminou com o PACtóide. Revejam a fita. Dilma Rousseff afirmou sobre o programa: “quase R$ 504 bilhões [de investimento] que nós fizemos neste período”. Assim mesmo. Com o verbo no passado. Como se todo o dinheiro que se ambiciona ter para o PAC até 2011 já tivesse sido investido. Em São Paulo, disse, “o investimento chegou a R$ 8 bilhões”. De novo, com o verbo no passado. Assim como é fácil vender terrorismo como resistência, também se consegue fazer gato passar por lembre. Do que estava previsto para o PAC no ano passado, foram gastos apenas 28%. Neste ano, até meados deste mês, ridículos 0,57%. Vale dizer: o governo tem mais sete meses para tentar gastar 99,43%... Estes números foram exibidos pela senadora Katia Abreu (DEM-TO) no dia do showzinho particular de Dilma e não foram contestados pela ministra. Nem podem. São dados oficiais, do Siafi.

Lula é o pai do PAC; Dilma é a mãe. Chamem Golias. Vamos reeditar a Família Trapo.

PS: Ah, sim. Ex-fumante, a ministra admitiu que, de vez em quando, dá umas baforadas em cigarrilhas — que, consentiu, podem ser até as alheias. Quem fuma cigarrilhas holandesas — Café Crème (R$ 13 por 10 unidades) — por ali é Lula. Vai ver ela anda baforando as cigarrilhas do presidente. Teria vindo daí a suposição (que tanto inquieta boa parte do PT) de que ela é a preferida do Apedeuta para a sucessão? O cachimbo da gramática, este ela já partilha com Lula: segundo disse: “Nós precisamos DE melhorar a transparência”. Nem diga.

PS2 - Fiquei sabendo que Dilma, a mãe do PAC, se refere a Roberto Teixeira, o primeiro-compadre, como "paizinho". Huuummm. Vai ver ele é o avô do PAC.

Busque Amor novas artes, novo engenho...

por Luís Vaz de Camões


Busque Amor novas artes, novo engenho

Para matar-me, e novas equivanças,

Que não pode tirar-me as esperanças,

Pois mal me tirará o que eu não tenho.


Olhai de que esperanças me mantenho!

Vêde que perigosas seguranças!

Pois não tenho contrastes, nem mudanças,

Andando em bravo mar, perdido o lenho.


Mas, com quanto não pode haver desgosto

Onde esperança falta, lá me esconde

Amor um mal, que mata e não se vê:


Que dias há que na alma me tem posto

Um não sei quê, que nasce não sei onde,

Vem não sei como, e dói não sei por quê.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Inversão...

Quando eu falo de alguém, eu estou comentando algo sobre a pessoa. Mas quando alguém fala do outro, eu digo que é fofoca. A inversão é incoerente. Será que a razão é o título – pastor – que me confere o direito de falar do próximo? Não. Isso é inversão de valores.

Ética...

Tenho me preocupado com certos pastores. O gabinete pastoral está em perigo. Muitas pessoas estão sendo expostas por seus pastores no púlpito. O pastor ainda não aprendeu que conversa de gabinete deve morrer ali.

Ética II...

Alguns pastores quando conversam comigo falam de todos os problemas de suas ovelhas. O problema é: eu conheço muito bem o pastor, conheço muito bem a sua igreja e conheço muito bem as suas ovelhas. Ele não está compartilhando as suas dificuldades. Ele comete um pecado – fofoca.

Por isso, eu enfatizo que as pessoas devem aprender as riquezas da cruz. Assim, não haverá mais confidências para os pastores.

Facilidade...

Geralmente as pessoas têm bons conselhos. Elas sabem muito bem o que a outra pessoa deve fazer. O que me fascina, é que o conselheiro não sabe viver com seus próprios conselhos. Serve para o próximo, mas não para ele.

Coisa boa...

Nada melhor do que viajar e ganhar bons livros.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Viagem...

Neste feriado não irei postar. Estarei de viagem. Publicarei após o meu retorno.

Um grande abraço pra todos. Um bom feriadão.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Uma Oração Puritana...

Deleita-se nesta oração. Faça com que os seus lábios pronunciem esta oração. Que ela seja o desejo do seu coração.

O Trono


Ó DEUS DO MEU DELEITE,

Teu trono de graça é a base do prazer da minha alma.

Aqui obtenho misericórdia em tempo de necessidade,

aqui vejo o sorriso da tua face reconciliada,

aqui profiro alegremente o nome de Jesus,

aqui afio a espada do Espírito,

cinjo a couraça da fé,

ponho o capacete da salvação,

colho o maná da tua palavra,

sou fortalecido em cada conflito,

jamais esquivando-me da batalha,

capacitado a vencer cada inimigo;

Ajuda-me a vir a Cristo

como a principal fonte de onde as bênçãos procedem,

como a larga porta aberta para um dilúvio de misericórdia.

Espanta-me minha insensata tolice,

que com tão ricos favores a meu alcance

eu seja lento para estender a mão e tomá-los.

Tem misericórdia do meu estado mortal em razão do teu nome.

Estimula-me, revolve-me, enche-me com santo zelo.

Fortalece-me para que eu possa me apegar a ti e não te deixar ir embora.

Que teu Espírito modele dentro em mim todas as bênçãos da tua mão.

Quando eu não avanço, retrocedo.

Faz-me andar humildemente por causa do bem omitido e do mal cometido.

Imprime sobre minha mente a brevidade do tempo,

a obra na qual se engajar,

a conta a ser prestada,

a proximidade da eternidade,

o temível pecado de desprezar teu Espírito.

Que eu nunca esqueça que teus olhos sempre vêem,

teus ouvidos sempre ouvem,

tua mão registradora sempre escreve.

Que eu nunca te dê descanso até que Cristo seja o pulsar do meu coração;

aquele que fala pelos meus lábios, a lâmpada dos meus pés.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Triste situação...

A cobrança do preparo do pastor hoje é imensa. Mas se o seu preparo é ruim, não tem o que cobrar. Os seminários hoje estão fracos. Muitos professores despreparados. Uma rotatividade de professores que prejudicam os alunos. Uma tentativa de suprir a defasagem da excelência acadêmica.

Ultimamente tenho ido as aulas simplesmente por causa das faltas. Se dependesse do conteúdo e do preparo dos professores para estimular a minha vontade de freqüentar as aulas, não haveria aula. Este é o pior ano da minha vida acadêmica. Ainda bem que o meu preparo não advém da sala de aula.

Uma frase difícil de se ouvir...

É incrível o jeito brasileiro. Todos têm uma opinião. Nunca ouviu sobre o assunto, mas o indivíduo tem uma resposta e solução. É difícil ouvir na boca do povo a frase “não sei”. Aqui no Brasil todo mundo sabe tudo. Conselhos pretensiosos são inúmeros. Qual é o resultado de tanto conhecimento? Nenhum.

Resgate da origem da criação...

Pela ordem da criação não haveria na terra desigualdades sociais, exploração, guerra, mas harmonia e justiça. Seria uma terra sem estratificação social e nem fronteiras nacionais. A terra de Deus era uma terra para os homens, com todos nela trabalhando e dele se beneficiando, sem egoísmos privativistas. A liderança deste mundo era destinada, principalmente, a pessoas do sexo masculino, tendo a mulher, em dignidade, ativa participação cooperadora.

CAVALCANTI, Robinson. Cristianismo & Política, p. 21.

sábado, 17 de maio de 2008

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Impressionante...

A probabilidade de um jogador sem condições físicas ser um artilheiro é zero. Agora, a realidade mostra outra coisa. O jogador Cabanhas (o gordinho) é o artilheiro da Copa Libertadores da América. Ele foi o nome do jogo contra o Flamengo e contra o Santos. Eu pude vê-lo de perto. Ele é baixinho e muito barrigudo. É impossível. Ninguém segura o “Com Banhas”, quer dizer, Cabanhas ou Cabañas.

Você provavelmente é um cessacionista, também...

por Phillip Johnson

Se você crê que algum dos dons espirituais miraculosos foram operantes somente na era apostólica, e que alguns ou todos aqueles dons cessaram gradualmente antes do final do primeiro século, então você é um cessacionista.

Se você crê que todos os dons espirituais descritos no Novo Testamento têm continuado com toda a sua intensidade, sem mudança ou alteração desde o derramamento inicial de línguas em Pentecoste, então você é um continuísta.

É muito difícil encontrar um continuísta real. Não-cessacionistas absolutos existem somente no segmento bizarro do movimento carismático. Eles são o tipo de pessoas que gostam de declarar outras como sendo “apóstolos”, reivindicando (e inevitavelmente abusando de) todas as prerrogativas apostólicas, algumas vezes inventados histórias fantásticas sobre pessoas ressuscitando dentre os mortos, torcendo e corrompendo virtualmente quase toda categoria de doutrina relacionada ao evangelho, à expiação, ou ao discipulado e auto-negação cristã.

Mas os carismáticos evangélicos (especialmente a variedade Reformada) não crêem realmente que haja apóstolos hoje que tenham a mesma autoridade que os Apóstolos na igreja primitiva. Alguns podem usar o termo apóstolo, mas eles invariavelmente insistem que o apostolado que eles reconhecem hoje é um tipo de apostolado inferior ao ofício e dom que pertenceram aos apóstolos no primeiro século.

Agora, considere as implicações dessa posição: ao argumentar a favor de um tipo de apostolado inferior, eles estão realmente concordando que o dom de apostolado autêntico e original do Novo Testamento (Efésios 4:11) cessou. Eles mesmo têm, de fato, abraçado um tipo de cessacionismo.

Nota: Não há uma garantia bíblica maior ou menor para essa visão do que para qualquer outro tipo de cessacionismo.

Apesar de tudo, todo verdadeiro evangélico sustenta alguma forma de cessacionismo. Todos nós cremos que o cânon da Escritura está fechado, correto? Nós não cremos que devemos procurar adicionar novos materiais inspirados ao cânon do Novo Testamento. Nós sustentamos a fé que foi de uma vez por todos entregue aos santos (Judas 3) – entregue na pessoa de Cristo, através do ensino dos seus apóstolos, e escrituralizada no Novo Testamento. Cremos que a Escritura, como a temos, está completa. E aqueles que não crêem que ela está, não são realmente evangélicos. Eles são hereges e falsos mestres, que querem adicionar algo à Palavra de Deus.

Mas note isso: se você reconhece que o cânon está fechado e que o dom de apostolado cessou, você já concordou com o cerne do argumento cessacionista.

De qualquer forma, isso não é tudo. A maioria dos “carismáticos reformados” famosos vão mais adiante ainda. Eles livremente admitem que todos os dons carismáticos em operação hoje são de uma qualidade inferior àqueles dons sobre os quais lemos no Novo Testamento.

Por exemplo, no livro o The Gift of Prophecy in the New Testament and Today (O Dom da Profecia no Novo Testamento e Hoje) de Wayne Grudem – provavelmente a obra mais importante e influente escrita para defender a profecia moderna (Nota do tradutor: Publicado no Brasil pela Editora Vida) – Grudem escreve que “nenhum carismático responsável sustenta” a visão de que a profecia hoje é a revelação infalível e inerrante de Deus (p. 111). Ele diz que os carismáticos estão argumentando a favor de um “tipo inferior de profecia” (112), que não é do mesmo nível que as profecias inspiradas dos profetas do Antigo Testamento ou dos apóstolos do Novo Testamento – e que podem até mesmo ser (e mui frequentemente são ) falíveis.

Grudem escreve,

há quase um testemunho uniforme a partir de todas as seções do movimento carismático de que a profecia [de hoje] é impura, e contém elementos que não devem ser obedecidos ou confiados.

Jack Deere, anterior professor do Seminário de Dallas, que se tornou um advogado do movimento carismático, admite da mesma forma em seu livro Surprised by the Power of the Holy Spirit (Surpreendido pelo Poder do Espírito Santo), que ele não tem visto ninguém hoje realizando milagres ou possuindo dons da mesma qualidade que os sinais e maravilhas da era apostólica. De fato, Deere argumenta veementemente por todo o seu livro que os carismáticos modernos nem mesmo reivindicam ter dons de qualidade apostólica e capacidades de operar milagres. Uma das principais linhas de defesa de Deere contra os críticos do movimento carismático é sua insistência que os dons carismáticos modernos são realmente inferiores àqueles disponíveis na era apostólica, e, portanto, ele sugere, eles não devem ser sustentados como padrões apostólicos.

Novamente, considere as implicações dessa reivindicação: Deere e Grudem têm, com efeito, concordado com todo o argumento cessacionista. Eles têm admitido que eles mesmo são um tipo diferente de cessacionistas. Eles crêem que os verdadeiros dons apostólicos e milagres cessaram, e eles estão admitindo que o que eles estão reivindicando hoje não é o mesmo charismata descrito no Novo Testamento.

Em outras palavras, os carismáticos modernos já têm adotado uma posição cessacionista. Quando pressionados sobre o assunto, todos os carismáticos honestos são forçados a admitir que os “dons” que eles recebem hoje são de qualidade inferior àqueles da era apostólica.

Aqueles que falam em línguas hoje não falam em dialetos inteligíveis ou traduzíveis, da forma como os apóstolos e seus seguidores fizeram em Pentecoste. Os carismáticos que ministram em campos missionários estrangeiros não são tipicamente capazes de pregar o evangelho miraculosamente nas línguas dos seus ouvintes. Os missionários carismáticos têm que entrar na escola de idioma como qualquer outra pessoa.

Se todos os lados já reconhecem que não há operadores modernos de sinais e maravilhas que possam realmente duplicar o poder apostólico, então não temos nenhum argumento real sobre o princípio do cessacionismo, e, portanto, todas as demandas histéricas para o suporte bíblico e exegético para o cessacionismo são supérfluas. O ponto real de nossa discordância se reduz somente a uma questão de grau.

Num livro muito útil, Satisfied by the Promise of the Spirit (Satisfeito pela Promessa do Espírito), Thomas Edgar escreve,

O movimento carismático ganhou credibilidade e aceitação inicial ao reivindicar que seus dons eram os mesmos daqueles de Atos. Para a maioria este é o porquê eles são confiáveis hoje. Todavia, agora, umas das suas defesas primárias é a reivindicação de que [os dons] não são os mesmos [que aqueles no Novo Testamento]. Confrontados com os fatos, eles têm tido que revogar a própria fundação da sua razão original de existência. (p. 32)

Quanto aos argumentos bíblicos, na própria Escritura, há ampla evidência de que os milagres eram eventos extraordinários e raros, usualmente associados de alguma forma significante com as pessoas que pronunciavam discursos inspirados e infalíveis. É óbvio a partir da narrativa bíblica que os milagres foram declinando na freqüência mesmo antes da era apostólica aproximar-se do fim. A Escritura diz que os milagres foram sinais apostólicos (2 Coríntios 12:12), e, portanto, por definição, eles pertenceram especificamente e unicamente à era apostólica.


Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 18 de Janeiro de 2006.