terça-feira, 3 de abril de 2012
Transformando corretamente a nossa visão...
Apocalipse 5. 5-6
Temos aqui a visão do Reino de Deus. Para nós protestantes temos na
Oração do Pai Nosso uma belíssima descrição sobre o Reino de Deus. Nessa oração encontramos duas descrições sobre o Reino de Deus:
- Venha teu Reino...
- ...porque teu é o Reino...
- Aqui nós temos a compreensão de Reino de tudo o
que Deus sustenta. Por isso, que podemos encontrar essa compreensão em
Apocalipse 5.
- Não há no céu, na terra e nem debaixo da terra:
Esses três elementos é tudo o que tem e existe. Se não encontramos
ninguém digno em todos esses três, não há possibilidade alguma de encontrar
alguém que seja digno ou que tenha credibilidade para abrir o selo e que
tenha acesso irrestrito a todas essas esferas.
Aparente contradição: O ancião viu um leão e o apóstolo João
um cordeiro. Três possibilidades:
- O ancião não sabe a diferença entre leão e
cordeiro.
- João olhou para o lado errado.
- A mesma pessoa é as duas coisas juntas e ao mesmo
tempo.
Nós sabemos que a visão está correta porque Jesus – leão e cordeiro –
abriu o selo e todos os anciãos, os seres viventes e anjos o adoraram e prestaram
culto.
Aqui se apresenta uma informação importante. Esse leão-cordeiro não é do
céu, não é da terra e não é nem debaixo da terra. Quem é este ser? Ele tem que
ser anterior ao céu, a terra e tudo mais quanto existe. Ele necessariamente
precisar ser igual aquele que está assentado no trono. Tudo porque aquele que
está no trono não é do céu. O céu está em Deus. Deus não está em lugar nenhum.
Deus é todo lugar.
A Escritura retrata Jesus, metaforicamente, como um leão e como um
cordeiro. Quando analisamos sua vida, podemos ver claramente as características
de ambos. Ele morreu na cruz como um dócil cordeiro e, ao mesmo tempo, reina
sobre todas as coisas como um leão soberano.
Isaías descreveu o cordeiro desta maneira: “Ele foi oprimido e afligido; e, contudo, não abriu a sua boca; como um
cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus
tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca” (Isaías
53.7).
Tudo o que vem ou nasce de Jesus é
cordeiro. João não viu um leão, ele viu um cordeiro. Os discípulos de Jesus não
o enxergam como leão, mas como cordeiro.
Por isso, a nossa transformação passa por uma consciência de um
determinado tipo de vida e de um determinado tipo de espiritualidade – é a espiritualidade do cordeiro. É a
espiritualidade do sacrifício e não a espiritualidade do leão. Não é a
espiritualidade do poder, mas a espiritualidade do serviço. Não é a
espiritualidade do comando, mas a espiritualidade do compromisso. Não é a
espiritualidade do controle, mas a espiritualidade da autoridade. Não é a
espiritualidade de quem assume pela força, mas a espiritualidade de quem atrai
pelo sacrifício.
No entanto, Jesus era o rei. Quando Pôncio Pilatos perguntou a Jesus: “Jesus foi posto diante do
governador, e este lhe perguntou: Você é o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus:
Tu o dizes” (Mateus 27.11). Basta apenas uma palavra
de comando de Jesus que até mesmo o mar revolto lhe obedece. A morte deixa cair
suas cadeias ao som de sua voz. Montanhas e rios curvam-se diante dele. Jesus
domina sobre céus e terra, e é o Rei dos reis (Mateus 28.18: “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade
nos céus e na terra”).
Para algumas pessoas, parece haver uma contradição entre as
características de um leão e de um cordeiro. Contudo, Jesus viveu como os dois,
em completa harmonia. Embora sejamos diferentes de Jesus, Deus quer ver em nós
essas mesmas características. Deus nos chama de cordeiros: “Todos nós, tal qual
ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e
o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós” (Isaías
53.6).
Nós somos como cordeiros, exatamente como Isaías nos descreve. Cordeiros
não sobrevivem sozinhos, são fracos e precisam de alguém que os guie. Eles
precisam de pastores. Quando se desgarram do rebanho não conseguem voltar
sozinhos. Nós seres humanos, também somos assim: nós nos perdemos, precisamos
de orientação. Não conseguimos viver por nossa própria conta, sem Deus.
Jesus disse: “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu
nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (João
15.5). Esta é a verdade: não podemos fazer nada sem ele e dependemos dele
em tudo. Jesus é a corda em que nos agarramos na busca da sobrevivência. Tudo
vem do Senhor. Portanto, todos nós somos como cordeiros. Mas o que significa
tornar-se como um leão?
O leão é o rei da selva. Ele é quem manda no reino animal. A Bíblia diz
que os cristãos estão destinados a governar a terra e a julgar até mesmo os
anjos (1 Coríntios 6. 2-3: “Vocês não sabem que os
santos hão de julgar o mundo? Se vocês hão de julgar o mundo, acaso não são
capazes de julgar as causas de menor importância? Vocês não sabem que haveremos
de julgar os anjos? Quanto mais as coisas desta vida!”). Pedro diz que nós somos “sacerdócio
real” de Deus (1 Pedro 2.9: “Vocês, porém, são geração
eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as
grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”). Essas palavras nos lembram que em
nossas veias corre sangue real.
Diante de Deus, precisamos ser como cordeiros. Em nossos
relacionamentos, precisamos agir com amor sacrificial. Mas contra o pecado,
temos que ser como bravos leões.
Deus deu poder a Jesus para governar o céu e terra. Em nossa vida,
também compartilhamos dessa autoridade divina, que nosso Senhor derramou e
conferiu aos seus discípulos e a nós. Lucas
9.1: “Reunindo
os Doze, Jesus deu-lhes poder e autoridade para expulsar todos os demônios e
curar doenças”.
Com essa mesma autoridade, precisamos aprender a governar neste mundo.
Não precisamos apenas nos adaptar ao nosso ambiente, mas precisamos também
reinar sobre ele. Somente assim, derrotaremos a influência maligna neste mundo.
Não podemos ser escravos do pecado. Precisamos reina sobre ele. Para isso,
Paulo escreve aos Romanos 5.17: “Se pela transgressão de um
só a morte reinou por meio dele, muito mais aqueles que recebem de Deus a
imensa provisão da graça e a dádiva da justiça reinarão em vida por meio de um
único homem, Jesus Cristo”.
Diante de Deus, portanto, devemos ser mansos como cordeiros, mas contra
esse mundo, precisamos ser sacerdotes reais, com a majestade dos leões.
As ilusões tecnológicas e do conhecimento humano...
Apocalipse 3. 14-22
Alguns
preferem a independência. O brado de D. Pedro I ecoa até hoje nos lábios de
muitos cristãos – “Independência ou Morte!”. Declaradamente muitos assumiram a
independência de Deus.
O
verbo depender é bem sugestivo. Depender do que? Esta é a pergunta crucial que
deve ser feita. Do que você depende? Onde está a ancora da sua vida? O
que mantêm você firme?
- Será que
somos o que parecemos ser? – [v.17]
· Vivemos de
aparência – Deve
haver uma preocupação com o coração cada vez mais distante, mais abstrato, mais
centralizado naquilo que não é Deus, mais dependente das propagandas e
estímulos religiosos, mais interessado no consumo espiritual do que numa
relação pessoal com Deus [1 Samuel 16.17 – “O
Senhor, contudo, disse a Samuel: “Não considere sua aparência nem sua altura,
pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o
Senhor vê o coração”].
· As pessoas
aparentam ser felizes, mas são infelizes – O medo, a ansiedade e a solidão são os
sentimentos mais comuns numa sociedade tecnológica, individualista e
burocrática. São mais comuns porque substituímos a intimidade pela tecnologia,
acreditamos mais na burocracia do que nas pessoas e vamos nos tornando mais
individualistas e menos afetivos. Diante deste quadro, o medo de amar, de não
ser amado, do abandono, da traição, da morte e do fracasso intensificam-se, a
ansiedade cresce e a solidão torna-se nossa companheira.
· Aparenta ser
rico, mas é miserável – O ateu crente é o que mais que cresce entre nós. Ele vai à igreja,
canta, ora e chega até a contribuir. É religioso e gosta de conversar sobre os
temas da religião. Contudo, a relevância de Cristo, sua morte e ressurreição
para a vida e a devoção pessoal é praticamente nula. O ateu moderno não é mais
somente aquele que não crê, mas aquele para quem Deus não é relevante.
· Aparenta ter
uma boa visão, mas é cego – Hoje, o ateu não é mais aquele que não crê, mas aquele que não
encontra relevância para Deus na sua rotina. O novo ateísmo não precisa negar a
fé; apenas cria substitutos para ela. Mantém o crente na igreja, mas longe do
seu Salvador.
· Aparenta usar
uma roupa fina e moderna, mas está nu
Até que ponto a nossa vida é real?
- Deus
sendo substituído pelas coisas – [v.17 “não preciso de
nada”]
·
Não será que vivemos numa era do determinismo
tecnológico?
A tecnologia cria brinquedos que nos afastam da incoveniente presença de
pessoas. É o lazer virtual. Não precisamos mais de um parceiro para jogar xadrez,
tênis ou baralho: o computador faz isto com diferentes graus de dificuldade,
permitindo até que você se irrite sem ofender alguém.
Jacques Ellul reconhece brilhantemente que a sociedade tecnológica vem
substituindo a intimidade pela tecnologia. As máquinas, computadores,
televisores e meios de comunicação vão substituindo as conversas de sala, o
convívio da cozinha, o contato físico.
Não podemos ser tecnólotras e muito menos tecnofóbicos.
- Os riscos da
independência de Deus – [vv.15-16]
· Doença
do século é a solidão – Deus nos criou, homem e mulher, à sua imagem e semelhança. Noutras
palavras, fomos criados por Deus para, na semelhança com ele, nos
relacionarmos, viver em comunhão. Intimidade é o nome que damos para esta forma
de relacionamento.
·
O
modo de viver é baseado no reflexo e não por reflexão – Para suprir a necessidade intrínseca da nossa
humanidade na busca por intimidade, esta mesma sociedade que impõe sobre nós o
medo, a ansiedade e a solidão usa os recursos da tecnologia, criando uma
intimidade impessoal e ilusória. Os programas mais procurados na televisão são
àqueles que expõem a intimidade de pessoas anônimas ou famosas. As revistas que
mostram a intimidade da casa de uma personalidade, que descrevem os ambientes
mais aconchegantes e mostram os cenários privados criam em nós a falsa sensação
de intimidade.
· Temos
a nova “onda” de mais crentes e menos discípulos – Tornamo-nos mais dependentes de nós do que de
Deus, acreditamos mais na eficiência do que na graça, buscamos mais a competência
do que a unção, cremos mais na propaganda do que no poder do evangelho. Tenho
ouvido falar de igrejas que são orientadas por profissionais de planejamento
estratégico. Estudam o perfil da comunidade, planejam seu desenvolvimento,
arquitetam seu crescimento e, de repente, descobrem que funcionam, crescem, são
eficientes, e não dependem de Deus para nada do que foi planejado. Com ou sem
oração a igreja vai crescer, vai funcionar. Deus tornou-se irrelevante. Tornamo-nos ateus
crentes.
· Os valores e
decisões são estímulos externos e não internos – Como reação, tentamos criar alguma forma
de intimidade, mas não sabemos fazer isto, a não ser através de novas técnicas.
Precisamos de técnicas para um desempenho sexual mais satisfatório, de um
manual que nos ensine os dez passos para conquistar uma pessoa, técnicas para
uma boa amizade, para uma vida de oração, para um testemunho cristão eficaz, para
ter um matrimônio perfeito, criar filhos felizes e obedientes, passos de como
conseguir a plenitude do Espírito Santo e muitos outros “como fazer” que
entopem as prateleiras das livrarias e o cardápio dos congressos. A sociedade
moderna vem criando os métodos e as técnicas que reduzem nossa necessidade de
Deus, a dependência dele e a relevância da comunhão com ele.
- Qual é a
ilusão da tecnologia? – [v.17]
Presumimos que:
o
Se temos boa música, temos verdadeira adoração.
o
Se temos bons projetos, temos uma missão.
o
Se temos boa estrutura eclesiástica, temos uma boa igreja.
o
Se temos uma boa equipe de formação acadêmica e intelectual, temos uma
boa funcionalidade e eficiência nos trabalhos da igreja.
Este é um novo quadro que começa a ser pintado nas igrejas cristãs. Saem
de cena os grandes heróis e mártires da fé do passado e entram os apáticos e
acomodados cristãos modernos. Aqueles cristãos que entregaram suas vidas à
causa do Evangelho, que deixaram-se consumir de paixão e zelo pela Igreja de
Cristo, que viveram com integridade e honraram o chamado e a vocação que
receberam do Senhor, que sofreram e morreram por causa de sua fé, convicções e
amor a Cristo, fazem parte de uma lembrança remota que às vezes chega a nos
inspirar.
Jesus apresenta uma lista de conselhos para que sua igreja siga – [v.18 –
“Dou-lhe este conselho”]
- Ouro
refinado
(puro) – Significa fé.
o
O que significa viver pela fé numa sociedade informatizada, tecnológica e
globalizada?
o
As dinâmicas da vida tem as suas surpresas.
o
Sem fé não é impossível operar milagres. Sem fé é impossível agradar a
Deus [Hebreus 11.1].
o
Agradar a Deus é viver como Cristo viveu.
- Roupas
brancas
– Significa santidade.
o
Santidade como separação e contraste.
o
A roupa revela uma nova identidade.
o
Uma nova roupa testifica que somos sal (preservação) e luz (revelação) do
mundo.
o
Na troca da roupagem duas coisas estão em foco:
1.
A vida não é contida. Somos o reflexo daquilo que amamos.
2.
As convicções não são suficientes para confirmar o discipulado com
Cristo.
- Colírio – Significa visão do
Espírito Santo.
o
O Espírito Santo deve nos conduzir a verdade.
o
Os recursos desta sociedade produzem ilusão e maquia a realidade.
o
A visão do Espírito Santo é importante para nos tirar da Disneylândia da
fé.
o
O “espírito deste século” produz uma visão deturpada do sucesso,
segurança e prazer.
o
A visão do Espírito Santo nos leva a enxergar os acontecimentos à luz da
eternidade.
A sutileza do novo ateísmo é que ele não precisa negar a fé, apenas cria
substitutos para ela. Mantém o crente na igreja, mas longe do seu Salvador.
Este ateu está muito mais presente entre nós do que imaginamos.
Ideologia: Eu quero uma pra viver
2 Crônicas 1. 7-12
Este
texto de Salomão confirma que a fé não é apenas uma questão de uma crença
interna e emotiva. O pedido de Salomão me leva a crer que acreditar em Deus,
viver com Deus também é pensar.
O que é
pensar? Pensar é um processo mental que acontece quando nos defrontamos com um
problema que a vida nos propõe e que precisa se resolvido. Pensamos para
resolver problemas. Sem o desafio dos problemas, o pensamento ficaria dormindo,
inerte. O pensamento, assim, acontece quando um “não saber” nos desafia. Se
alguém se julga possuidor da verdade, não pensa. Pensar, pra que?
Sobre o
que pensamos? Estamos envolvidos por tantas coisas que já não sabemos mais no
que pensar. Na verdade, os pensamentos já chegam prontos.
Se
ideologia é um conjunto de crenças tidas como verdade. Ao invés de pensar, a
ideologia repete as fórmulas.
Hoje
temos a ideologia da propaganda comercial, eleitoral, relacional, etc. A vida
acaba por ser formada por estas sugestões que recebemos diariamente.
Ciência
e tecnologia, com toda sua soberba, imaginam trazer as variáveis da vida sob
tutela. Infelizmente, as admiráveis conquistas médicas, meteorológicas ou
cibernéticas permanecem longe, muito longe, de trazer significado e resposta
para a razão da vida.
A idéia que passaram para nós não
funcionou. As pessoas continuam mais vazias, mais frustradas, mais deprimidas e
solitárias.
Chegamos
acreditar que o mundo seria melhor com o crescimento da ciência e da capacidade
criativa do ser humano. No entanto, percebemos que o ser humano continua no seu
processo de autodestruição. Nós caímos numa mentira. A vida não se torna melhor
com progresso humano. O mundo e o ser humano não estão no processo de evolução.
Porque esta teoria afirma que o mundo se autodestruirá no final. Se é evolução
precisa melhorar e não piorar.
Muitas
pessoas estão desiludidas. Muitos estão desistindo da vida porque depositaram a
sua esperança e a transformação da sua vida em mãos humanas falíveis.
Ideologia de vida é algo que todos deveriam ter, porque se você não tiver a sua alguém impõe uma pra você.
Mediante estas coisas, o que lhe faz
viver? Qual é o seu sentido de vida? O que lhe dá significado para viver?
Nossa batalha é no campo das idéias, a verdade de Deus vencendo as mentiras dos homens, consequentemente do diabo.
Conhecer o evangelho é prioridade na vida cristã. Somos e devemos estar preparados para contestar qualquer indagação, pois muitos céticos, ateus e até irmãos nos perguntarão a razão de nossa fé.
É
urgente a troca do verbo “converter” para “servir”. Os cristãos não foram
chamados a convencer pessoas a respeito da vida e obra de Jesus através de
argumentos persuasivos, mas demonstrar Jesus com nosso estilo de vida. O
Cristianismo não é um conjunto de idéias – uma ideologia que se espalha pelo
discurso, mas uma pessoa, que se expressa através do amor e do serviço dos seus
seguidores.
Jesus não frusta seus planos e não o leva a desilusão. Em Jesus você pode ser o garoto que pode mudar o mundo. Servir a Cristo e viver a missão de Jesus neste mundo é revolução da melhor qualidade.
Utopias são possíveis. Por exemplo, eu espero
por uma aurora em que os rios não infeccionem os oceanos. Que os peixes
não morram asfixiados. Que o raiar do sol seja menos abrasador. Espero
o despontar de uma era em que se acabem as fronteiras, os
muros, as cancelas, os preconceitos, discriminação e o racismo. Em que o
pobre seja tratado como gente e tenha saúde de primeira classe. Espero
que surjam centenas de milhões de jovens que vivam através da paz a proclamação
de um mundo possível de se viver com tolerância, respeito e dignidade. Que
os instrumentos de tortura sejam destruídos para que não reste
qualquer registro da maldade cometida em nome de ideologias, religiões ou
regimes políticos. Espero
que orfanatos não precisem manter uma criança por mais de um mês
porque só existe fila de adoção. Que os idosos
não experimentem solidão. Espero
que o turismo sexual seja banido. Que se desarticulem os cartéis de droga
porque a demanda acabou. Que pouquíssimos necessitem alterar o estado
de consciência para tolerar a vida. E que os êxtases venham da
grandeza da beleza, da bondade e da solidariedade.
Portanto, não seja um robô da
ideologia mentirosa e cheia de ilusões que estão a sua volta. Veja a sua vida à
luz da presença de Deus.
A
história poderia ter sido diferente? Eis uma pergunta dificílima de ser
respondida. Penso que você pode encontrar essa resposta em Deus.
Se a razão da minha vida não puder ser a razão da
minha morte, então chegou à hora de rever minhas motivações.
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