terça-feira, 29 de novembro de 2011

Uma convocação para a diferença...


Mateus 5. 1-2

O Sermão do Monte exerce um fascínio sem par. Ele parece encerrar a essência do ensino de Jesus. Ele torna a justiça atrativa; envergonha o nosso fraco desempenho; gera sonhos de um mundo melhor.

O notável e expoente pregador do século 17, John Donne, expressou acerca do Sermão do Monte: “Todos os artigos de nossa religião, todos os cânones de nossa igreja, todas as injunções de nossos príncipes, todas as homilias de nossos pais, todo o corpo de doutrinas estão contidos nestes três capítulos, neste Sermão do Monte”.

Creio que Jesus desejou que o seu Sermão fosse obedecido e vivido. Se a Igreja tivesse aceitado realisticamente os seus padrões e valores, como aqui demonstrados, e tivesse vivido segundo eles, ela teria sido a sociedade alternativa que sempre tencionou ser e, poderia oferecer ao mundo uma autentica contracultura cristã.

De tudo o que ele disse, essas suas palavras são as que mais se aproximam de um manifesto, pois descrevem o que ele desejava que os seus seguidores fossem e fizessem. Penso que nenhuma outra expressão resume melhor a intenção de Jesus, ou indique mais claramente o seu desafio para o mundo atual.

Parece que atravessamos décadas de desilusão. Cada geração que se levanta odeia o mundo que herdou. Às vezes, a reação tem sido ingênua, embora não possamos dizer que tenha sido hipócrita. Os horrores das guerras não terminaram com aqueles que distribuíram flores e rabiscavam o seu lema: “Faça amor, não faça guerra”.

Muitas pessoas num sentimento de revolta contra o sistema capitalista e opressor no qual vivemos, exprimem a totalidade da sua rejeição vivendo com simplicidade, vestindo-se negligentemente, andando descalças e evitando o desperdício. Desprezam a superficialidade, tanto do materialismo descrente como do conformismo religioso, pois sentem que há uma realidade impressionante muito maior do que essas trivialidades, e buscam essa dimensão “transcendental” ilusória através da meditação, de drogas ou sexo. Tudo isso é sintoma da incapacidade da geração mais jovem de adaptar-se ao status quo ou de aclimatar-se a cultura prevalecente.

A juventude de hoje está à procura das coisas certas (significado, paz, amor, realidade), ela as tem procurado nos lugares errados. O primeiro lugar onde deveriam procurar é o lugar que normalmente ignoram – a igreja. A razão é que esta geração não vê a igreja na contramão, mas no conformismo. Não vê uma nova sociedade que concretiza seus ideais, mas uma versão da velha sociedade a que renunciaram. Nenhum comentário poderia ser mais prejudicial para o cristão do que as palavras: “Mas você não é diferente das outras pessoas”.

Os discípulos de Jesus têm de ser diferentes: tanto da igreja nominal, como do mundo secular; tanto dos religiosos, como dos irreligiosos. Em Jesus temos a proposta da contracultura cristã. É o verdadeiro sistema de valores cristãos, um padrão ético, uma devoção religiosa, uma atitude para com o dinheiro, uma ambição, um estilo de vida. Esta contracultura; esta contramão é a vida cristã do reino de Deus, uma vida humana realmente plena, mas vivida sob o governo divino.

Seus padrões são atingíveis?

Algumas pessoas olham para vida humana na sua perversidade e chega à conclusão de que é impossível viver este o desafio de vida de Jesus. Dizem que os seus ideais são nobres, mas impraticáveis, atraentes a imaginação, mas impossíveis de se cumprir.

Gostaríamos de saber que tipo de pessoa deveria ser o crente? Gostaríamos de saber que caráter cristão deveria ser o nosso alvo? Gostaríamos de saber qual a conduta e os hábitos mentais que deveríamos cultivar como seguidores de Jesus? Nesse caso, estudemos com freqüência a vida de Jesus de Nazaré.

Como pode alguém ser manso? Conhecemos o poder da paixão humana, como pode alguém refrear o seu olhar e pensamento? Sabemos de nossas preocupações, como podemos controlar a apreensão e ansiedade? Presenciamos a inclinação do homem a vingança, como podemos esperar que alguém ame seus inimigos?

Analisemos a vida daqueles que se submetem a este puro e cristalino ensino, se as suas vidas não são honrosas e inspiram ao mesmo modelo de vida? Na vida de Jesus não temos lindos pensamento abstratos, que apresenta principalmente exigências exageradas e impossíveis, mas mandamentos simples, claros, práticos que, se fossem obedecidos, estabeleceriam uma ordem completamente nova na sociedade humana, onde a violência cessaria, e seriamos capazes de viver as bênçãos do céu na terra.

A felicidade não está num lugar específico, mas numa atitude definida. A palavra grega Macarios (bem-aventurado), significa feliz, muito feliz. Trata-se da felicidade plena, independente das circunstâncias. O problema do homem não é a busca da felicidade, mas contentar-se com uma felicidade limitada demais, terrena demais. 

Deus nos criou e nos salvou para a maior das felicidades. A felicidade verdadeira não está nas coisas, mas em Deus. É na presença de Deus que existe plenitude de alegria. O propósito principal da nossa vida é conhecer a Deus e fruir da sua intimidade. Aí reside a verdadeira felicidade! Nas bem-aventuranças Jesus nos fala sobre um correto relacionamento com Deus, com nós mesmos e com o próximo. Somos felizes quando nossas relações estão harmonizadas. 

Olhando para as multidões 

Jesus sempre parte da realidade humana, seja boa ou ruim. Jesus sabe que há pessoas humilhadas. Há pessoas que choram. Há pessoas cujas necessidades básicas não são atendidas. Há pessoas perseguidas. Jesus sabe que há também pessoas humildes. Há também pessoas misericordiosas. Há também pessoas puras de coração Há também pessoas que promovem a paz sempre. Jesus considera a vida como ela é.

Parte de nosso problema advém da recusa a considerar a vida como ela é. O fato de a vida ser como ela é não quer dizer que a aceitemos, mas que reconhecemos que a maldade e a crueldade existem, embora registremos nosso protesto e atuemos para que as coisas não sejam assim. 

Jesus nos mostra que há outra vida possível, aqui e agora, mesmo para aqueles que, até agora, só colheram fracassos (reais ou simbólicos). Vale a pena viver: 

1. Uma pessoa rejeitada tende a ser agressiva, mas há outra vida possível.
2. Uma pessoa criticada tende a ser insegura, mas há outra vida possível. 
3. Uma pessoa que coleciona fracassos tende a pensar que assim será até o resto da vida, mas há outra vida possível. 

André Choraqui traduz a expressão “bem-aventurados” ou “felizes” por “em marcha”, entendendo que a felicidade se faz na caminhada. Ser feliz é se por em marcha com Deus. Como na oração, a felicidade não está em receber a bênção solicitada; a felicidade está em orar. 

Conclusão 

Esses padrões são atingíveis, mas somente para aqueles que experimentaram o novo nascimento. Jesus proferiu este Sermão para aqueles que já eram seus discípulos e, portanto, também cidadãos do reino de Deus. Por isso, quando seguimos este padrão ou, pelo menos, quando nos aproximamos dele, damos prova de que a livre graça e o dom de Deus já operaram em nós.

Seja gentil. Seja feliz...

Mateus 5.5



A palavra manso que Jesus usa significa alguém gentil, humilde, atencioso ou cortês.

A mansidão é, em essência, a verdadeira visão que temos de nós mesmos, e que se expressa na atitude e na conduta para com os outros.

Jesus tinha em mente aqueles cujo espírito é paciente e satisfeito. Os que dispõem a serem com pouco honra neste mundo, capazes de sofrer injustiças sem guardar ressentimentos. Os que dificilmente se deixam irritar. Quem vive assim nunca será um perdedor. Chegará o momento que você possuirá todas as coisas se assim viver.

A auto-renúncia é o caminho para o domínio do mundo.

Todo crente, sem importar o seu temperamento natural ou a sua psicologia, deve ser possuidor dessa virtude.

Mas que espécie de gentileza é essa, para que seus possuidores sejam declarados bem-aventurados (felizes)?

Vamos aplicar isso ao nosso dia a dia. Você se sente feliz e aliviado quando reconhece diante de Deus os seus pecados, a sua maldade e sabe que é um ser miserável. Não há nenhum problema nisso. Você não fica incomodado. Mas se alguém vier a você depois do culto e chamá-lo de miserável, a sua vontade será de socar o nariz da pessoa. Em outras palavras, você não está preparado para permitir que outras pessoas pensem ou fale de você aquilo que acabou de reconhecer diante de Deus.

Esta benção de felicidade extrema e eterna é tão completa e inteiramente contrária a tudo quanto o homem natural pensa. A conquista mundial – o predomínio sobre o universo inteiro – será entregue aos mansos, dentre todas as pessoas deste mundo! A humanidade pensa em termos de força, de poderio, de habilidade, de autoconfiança e auto-segurança e de agressividade. Essa é a idéia que este mundo faz de conquista e predomínio. Quanto mais uma pessoa se impõe e se expressa, quanto mais se organiza e manifesta o seu poder e as suas habilidades, tanto mais perto se acha do sucesso e do progresso.

A terra é, em geral, propriedade dos valentes, dos arrogantes. Há nas pessoas uma forte tendência para provar aos outros que são fortes.

Você já percebeu a cena de guerra? Os que fazem a guerra, no final das contas, não herdam nada, somente destroços.

Mais sábio do que alguém que conquista impérios, palácios, cidades inteiras é aquele que tem o domínio de si mesmo, que sabe gerenciar e desfrutar bem de todas as suas potencialidades humanas.

Os valentes olham para o mundo como uma arena, um campo de concentração. Os mansos vêem o mundo como um espaço abundante – há lugar para todos.

Os valentes fazem guerra por medo de que ameacem seus espaços, ou por acreditarem que somente terão o reconhecimento de outros quando todos os espaços forem seus.

Já os mansos vivem de tal forma a sua condição de ser gente em Deus que não sentem necessidade de provar aos outros coisa alguma, nem de competir por aquilo que não “são”, pois para ser não precisam destruir pessoas. Não estamos falando de passividade. Os mansos são proativos, capazes de lutar, desde que o combate deles tenha como foco a preservação da vida.

Somente alguém com muita consciência daquilo que realmente é não sente necessidade de violentar, agredir, não sente necessidade nem mesmo de explicar-se, apresentar títulos, exibir prestígio.

Somos lembrados por Jesus que o crente é alguém inteiramente diferente deste mundo. O mundo não somente é diferente do crente; o mundo nem ao menos é capaz de entendê-lo. Para o mundo, o crente é um mistério.

Exemplo: Podemos verificar isso no caso de Davi. Especialmente no seu relacionamento com Saul. Davi sabia que ele seria o próximo rei de Israel. Mas quanta coisa ele não teve que suportar? Quanta acusação e perseguição Davi sofreu de Saul.

Pensemos num homem como o apóstolo Paulo, uma mente brilhante, uma personalidade extraordinária, um caráter fortíssimo; entretanto, observamos a humildade presente e a mansidão governando toda a sua vida. Isso é algo produzido pelo Espírito Santo.

Há pessoas que concordam com tudo que é feito ao seu redor, e as pessoas pensam que isso é ser manso. Há pessoas que parecem ter nascido com a gentileza no DNA. Não é isso que o Senhor Jesus quis dizer por ser manso. Nesse caso é algo puramente biológico. Até mesmo um cachorro pode ser mais pacifico do que o outro. Um gato pode ser mais quieto do que o outro. Mas isso não corresponde à mansidão de que nos fala a Bíblia.

Que Deus nos livre de confundir essa nobre qualidade, uma das mais nobres entre todas as virtudes, com algo meramente animal, físico ou natural.

Ser manso é usar a paciência, mesmo quando você sofre injustamente. John Bunyan expressou de forma certeira: “Aquele que já está caído, não precisa temer a queda”. Quando alguém vê verdadeiramente a si mesmo, sabe que ninguém pode dizer algo a seu respeito que seja exageradamente mau.

O indivíduo manso não se orgulha de si mesmo; não se vanglória a seu próprio respeito. Sempre sentirá que não existe nada em si que possa se orgulhar, pois sabe que é um pecador.

O manso nunca faz valer seu direito. Isso é contra a cultura popular de nossos dias que afirma que devemos nos impor sobre os outros.

O manso não considera todos os seus legítimos direitos como algo a ser exigido. Não faz exigência quanto a sua posição, aos seus privilégios, os seus bens.

Há outra questão sobre a mansidão. É a arte de saber ouvir e aprender. O manso sempre está disposto a aprender com outras pessoas.

Conclusão

Os discípulos são felizes porque herdarão a terra. A terra será um dia a comunidade exclusiva dos mansos e não dos desafortunados e desumanos.

Temos a obrigação de por um ponto final em nosso próprio “eu” exigente, o que é a causa de todas as nossas dificuldades, a fim de que Deus que nos comprou por um preço tão grande e caro posso vir e possuir a sua vida por inteiro.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O que é o evangelho?


É possível então afirmar que exista um grupo de cristãos que compreenderam a mensagem da cruz e se renderam totalmente a graça de Deus e pouco a pouco se desviarem e abraçaram um “outro evangelho”.

Não existe outro evangelho. Existe apenas uma forma de se conceber biblicamente e teologicamente o que aconteceu naquela cruz. Portanto, toda e qualquer variação é perversão. É corrupção.

O que temos hoje são falsos mestres que mexem no coração do evangelho. O coração do evangelho é a fé somente em Jesus Cristo, o crucificado. Como você concebe quem é Jesus e qual foi a sua missão, determina grandemente se você entendeu e compreendeu o evangelho de Deus – as boas novas de Deus. Porque as boas novas de Deus é a seguinte:

  1. Você e eu estávamos completamente desconectados da relação com Deus.
  2. A consciência da existência de Deus sempre houve em toda história e em toda cultura, no entanto, sempre houve o sentimento de separação de Deus.
  3. Deste conceito surge a religião. É uma tentativa do homem e da mulher de construir a ponte para religar a relação com o Deus criador. Entretanto, a religião é uma tentativa humana. A religião é uma tentativa de homens e mulheres serem suficientemente bons para agradar a Deus. É uma tentativa de serem suficientemente elevados para cativarem o amor de Deus. É uma tentativa de serem suficientemente cumpridores de todas as regras, afim de que Deus os aceite e os ame.
Isto não é o evangelho. Isto é a religião. O evangelho é a boa notícia de Deus em saber que somos incapazes de reconectarmos com ele, por mais que fosse a nossa determinação e desejo. Deus então na pessoa de Jesus entra na história e naquela cruz ele assume sobre si o seu e o meu pecado. A sua e a minha impotência. Portanto, o evangelho é a reconciliação de Deus com o homem, e não o contrário.

A boa notícia é que não existe mais dívida. Deus em Cristo pagou a nossa dívida. Não existe mais débito negativo com Deus.

A grande questão é – o que você vai fazer diante desta grande notícia? Você vai se render ou você vai desprezá-la?

Quando a pessoa entende e se rende ao evangelho de Deus a sua vida muda radicalmente. A pessoa se torna um melhor pai. Um melhor marido. Um melhor profissional. Essa pessoa se torna uma mulher mãe. Uma melhor filha. Uma melhor mulher. O verdadeiro evangelho de Deus tem poder para transformar a tudo e a todos.

Tudo isto é diferente da religião. Na religião você se transforma baseado nos seus méritos e esforços. Na religião nós tentamos nos transformar através de metodologias legalistas de fora para dentro. O evangelho de Deus quando nos alcança nos transforma de dentro para fora.

Deus nos ama suficiente para aceitar como somos, mas ele nos ama demais para permitir que nós continuemos os mesmos. Em outras palavras, Deus nos acolhe por seu amor, mas na medida em que nos rendemos e entendemos esse amor, este amor de Cristo nos constrange diariamente. A transformação efetiva de um cristão é decorrente do constrangimento gerado pelo amor de Cristo.

Fundador faz revelações sobre o polêmico culto religioso conhecido como “cair no espírito”...

Expostos a rituais perigosos, fiéis imitam cachorros e se comportam como bêbados


Conhecido como “cair no espírito”, o culto que atrai cada vez mais seguidores no Brasil e no mundo, chama a atenção por expor seus seguidores a rituais perigosos e intrigantes. Comandados por um líder religioso, os fiéis ficam imóveis, caem e se debatem, em transe, no chão; muitas vezes, todos ao mesmo tempo. 

Em conversa exclusiva com a repórter Heloísa Vilela, doDomingo Espetacular (Record), um dos fundadores do movimento, Paul Gold, arrependido, revela que as práticas vão contra às Escrituras Sagradas.

- Em dois anos, cerca de dois milhões de pessoas do mundo todo visitavam a Igreja do Aeroporto de Toronto, pra receber esse espírito, essas manifestações e essa “bênção”. Hoje eu diria que isso é uma coisa um tanto quanto macabra.

Paul conta com detalhes como surgiu o movimento. Ele comandava as orações e os rituais do ‘cai-cai’. Era um dos principais nomes da igreja, mas durante um culto, percebeu que existia algo de errado naquilo tudo. Ele conta que as pessoas imitavam cachorros e comportavam-se como bêbados.

- Hoje eu acredito que esse espírito é um espírito falso, um espírito enganador e não o espírito sagrado das Escrituras.

Gold diz que estava em transe quando veio um pensamento de que aquilo era errado.

- Na mesma hora, meu coração se convenceu e na mesma hora eu pedi ao Senhor Jesus para me perdoar, por ter sido tão tolo, tão ridículo.

Gold decidiu então se desligar da igreja e escreveu uma carta que afirma “o diabo usa o ‘cair no espírito’ para cegar as pessoas, o movimento viola as Escrituras Sagradas”. O pastor acabou ficando doente. Foi então que percebeu o quanto havia se enganado.

- O Espírito Santo, o próprio nome já diz, é santo. Ele nunca vai encorajar as pessoas a fazer algo que não seja sagrado. As pessoas, a humanidade foi feita à imagem de Deus, por que Deus depreciaria a humanidade fazendo as pessoas parecerem animais?

À repórter Heloisa Vilela, o fundador do movimento do ‘cai-cai’ mandou um recado aos brasileiros.

- Por favor, pastores, não adotem isso. Não pensem que é uma coisa boa. Isso não é de Deus. Isso é um esquema do diabo. E isso vai trazer destruição aos homens, mulheres e crianças que abraçarem isso. 

Para o neurologista Marcelo Sogabe, existe uma explicação médica para as quedas em série.

- Isso é dado o nome técnico de pareidolia, que por algum motivo o cérebro é condicionado a reagir, conforme todos vão reagir. O cérebro precisa procurar imagens e quando as busca e vê todos caindo, ele também condiciona a pessoa, a fazê-lo.

Pessoas arrependidas

Na cidade de Araraquara (SP), Cecília Moura, evangélica há mais de trinta anos, participou durante quatro anos de cultos que adotavam o “cair no espírito”, mas percebeu que, durante as realizações dos cultos, algo estranho acontecia.

- A gente caia, ficava rindo, rolando no chão, mas aquilo me trouxe um questionamento em termos de resultado. O que aquilo trazia para a minha vida? Nada.

Desiludida, Cecília decidiu que era hora de abandonar o movimento.

- Há algo que tenho que fazer e há algo que eu tenho que fazer por mim. E com certeza não era caindo no chão e rindo que minha vida ia mudar.

Hoje, ela e o marido abominam tal prática e se diz curada das enganações impostas pelos pregadores.

Clemilda da Conceição também costumava cair na igreja. Ela buscava conforto depois de uma separação traumática. Ela buscava conforto na igreja, mas não entendia e nem gostava da sensação.

- Eu não conseguia entender, porque o que eu buscava não era cair. Eu buscava o Espírito Santo, eu buscava mudanças. Eu caí, mas nada mudou. Eu não tinha os dons do Espírito que a Bíblia fala que você tem que ter. E perceber isso, foi importante para me libertar.