sexta-feira, 6 de julho de 2007

Apenas pensei em escrever algo...

É muito engraçado avaliar a vida, principalmente quando o próximo se torna o medidor do padrão de vida.

Para mim é decepcionante ver a garra e a determinação de grandes homens que não se cansam e não param de trabalhar seja na vida profissional, ou seja, na obra do Senhor. Fico triste porque não consigo ser assim, ou pior, tento forçar algo que não sou. Creio que aí está o problema. Mas me frustro com as minhas tentativas de ser um homem melhor, um profissional melhor e um pastor melhor. Penso diariamente quando olho para os grandes homens que merecem todo o respeito e me pergunto – “Caramba, como é que ele consegue ser assim?”.

Aprendi com um grande pastor e missionário Hudson Taylor – “Todos os grandes homens de Deus formas homens fracos que realizaram grandes feitos, porque confiavam que Deus estava com eles”. Entendo que muitas vezes me falta esta confiança – a ansiedade, o medo, a dúvida e a insegurança assolam o meu coração, sou um pecador.

Constantemente me pergunto, onde é que foi que estes pregadores modernos tiraram que os homens de Deus não têm medo, não tem dúvidas e não vacilam algumas vezes? Graças a Deus pela sua revelação das Escrituras e de toda história da humanidade que mostram que todos os homens que Ele levantou e usou os quais tenho uma profunda admiração e procuro conhecer as suas obras, foram homens que passaram pelas mesmas coisas que eu passo. Como disse Camões – “Os bons vi sempre passar no mundo grandes tormentos; e para mais me espantar, os maus vi sempre nadar em mar de contentamento”.

Quantas vezes eu pensei em abandonar a fé, o ministério e chutar o pau da barraca, porque não é fácil a pressão. Mas eu não estou sozinho nestes sentimentos – os homens que revolucionaram a história da fé e da igreja me ensinaram muito, porque sofreram dos mesmos traumas. O beco da dúvida me faz encontrar a porta da fé.

Continuo na trilha, pois a graça tem me bastado para enfrentar cada dia o seu mal. Mas eu parei de comparar a minha vida com a de outras pessoas, porque eu tenho descoberto que as pessoas não são aquilo que elas representam. Quando eu tenho um relacionamento mais profundo com uma pessoa que admiro, e passo a freqüentar o seu dia a dia, descubro então, que ela é igual ou até pior do que eu.

Aprendi que não preciso mostrar nada para as pessoas, para que elas não venham ter uma impressão de algo que na verdade eu não sou. Simplesmente quero ser eu no meu dia a dia. Tentar e sempre tentar vencer os meus medos e pecados. Quero deixar de lado esta loucura da vida moderna de que para ser alguém de sucesso e ter espaços tenho que ser melhor ou igual a alguém. É a minha simplicidade que me fará alguém diferente.

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