terça-feira, 21 de setembro de 2010

Não faz parte do pacote...



Acho muito interessante a filosofia imposta pela comunidade de fé. O ambiente religioso importou para o seu arraial o modo de vida da sociedade. Na sociedade as pessoas são conhecidas por “ter” e não por “ser”. Na igreja a pessoa é conhecida pelos cargos que possui. Por esta perspectiva, as pessoas se tornam meros objetos. São funcionários do reino e não cooperadores. Servem por obrigação e status quo e não por prazer.

A esposa do pastor sofre muito com este dilema. Quando um pastor é convidado para assumir um ministério à igreja automaticamente pensa que a esposa vem no pacote. Sonham que ela será líder da M.C.A. Diretora da E.B.D. Enfim, terá que trabalhar mais do que o pastor. Horrível esta idéia!

A esposa não é pastora porque o marido é pastor. Não tem obrigação nenhuma. Será semelhante a qualquer outro membro da igreja. Ou seja, senão quiser fazer nada, ela não fará. Tem este direito. A esposa do pastor tem um excelente ministério que é cuidar do pastor que é o seu marido. Em casa, ela não chama de pastor, mas utiliza palavras de carinho e intimidade que a igreja jamais saberá. Lá ele ouvirá palavras que a igreja não será capaz de pronunciá-las, pois serão ditas com amor no pé do ouvido em direção a cama.

Um outro fator é que a esposa do pastor tem nome e gosta de ser tratada de forma respeitosa pelo próprio nome. Chega da expressão “a esposa do pastor”.

É isso aí!

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