John Owen
(Tomado do comentário do autor sobre Hebreus)
(Tomado do comentário do autor sobre Hebreus)
Os dois pactos, o antigo e o novo, diferem em tantas maneiras que não podem ser duas administrações do mesmo pacto. O antigo pacto foi acompanhado pelo terror e o terror no Monte Sinai. Todos os ali presentes se chegaram com medo e tremeram. Foi o espírito de medo e servidão o que lhes fez guardar sua distância e não acercar-se a Deus. Porém a situação é mui diferente sob o novo pacto. O Filho de Deus convida aos cansados e oprimidos a vir a Ele com uma demonstração de amor, graça e compaixão.
Outra diferença que os pactos têm são os Mediadores de cada um. O mediador do primeiro pacto foi Moisés, que era um servo na casa de Deus. Porém o Mediador do novo pacto é o Filho amado de Deus: e a cabeça da casa.
Os pactos tem diferente preceitos e promessas. O antigo pacto renovou as demandas do pacto de obras (entre Deus e Adão). Porém o novo pacto anuncia que o pacto de obras tem sido cumprido pela obediência e o sofrimento do Mediador (para todo que estão nele). O velho pacto, estritamente considerado, não tinha promessa de graça para comunicar à gente um poder espiritual ou ajudar-lhes a obedecer. Não tinha nenhuma promessa de vida eterna, exceto uma sem esperança, contida no pacto de obras ("o homem que faz estas coisas viverá por elas").
Os pactos diferem em relação a seus propósitos. O fim principal do antigo pacto foi a condenação e o controle do pecado. O fim do novo pacto é a declaração do amor, a graça e
a misericórdia de Deus e o dar arrependimento, remissão de pecado e vida eterna.
Os pactos diferem no efeito que produzem. O primeiro pacto, sendo uma administração de morte e condenação, submeteu às mentes e aos espíritos de todos em escravidão e servidão. Por outro lado, o efeito imediato produzido pelo novo pacto é a liberdade espiritual. A Escritura com freqüência enfatiza a diferença entre os dois pactos usando termos que falam de servidão no antigo e de liberdade no novo (veja Rom 8:15; 2Cor. 3:17; Gál. 4:1-7, 24, 26, 30,31; Atos 2:14,15).
Os pactos diferem no aspecto de sua eficácia. O antigo não fez nada perfeito. Não pode produzir as coisas que simbolizava. Por outro lado o novo, produz a santidade efetiva e a obediência.
Os pactos diferem também em sua duração. Um foi feito transitório, para ser depois tirado, enquanto o outro permaneceu para sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário