quinta-feira, 24 de abril de 2008

Guerrilha no Brasil 2...


Por Alan Rodrigues

Capturadas no Assentamento Palma Arruda, no município de Machadinho do Oeste, no Estado de Rondônia, as fotografias comprovam o poder bélico da organização e jogam por terra as afirmações da Liga, veiculadas na internet, de que nas áreas sob seu controle não existem armas nem treinamento guerrilheiro. Hoje, em suas fileiras, a LCP conta com cerca de 400 militantes, um exército cinco vezes maior do que os 81 guerrilheiros que Fidel Castro tinha em dezembro de 1956, quando desembarcou do
Granma no litoral leste de Cuba. As ações da Liga custaram a vida de 25 pessoas no último ano – 18 camponeses ou fazendeiros e sete guerrilheiros. Além de treinar homens armados, outra especialidade da Liga é faltar com a verdade em seus comunicados apócrifos distribuídos na rede. No dia 9, eles denunciaram a vários organismos de defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional, o massacre de 15 sem-terra num conflito com a polícia, em Campo Novo (RO). Disseram que o massacre foi resultado de uma “campanha orquestrada” pela mídia, da qual faziam parte as reportagens publicadas por ISTOÉ. A polícia investigou a denúncia e não encontrou nada. “Checamos toda a área da fazenda que eles invadiram e onde teria acontecido o suposto embate e não encontramos nada”, disse Cezzar Pizzano, secretário-adjunto de Segurança do Estado de Rondônia. “Pedi a eles os nomes das vítimas, mas eles se calaram”, afirmou Pizzano.

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