sexta-feira, 4 de abril de 2008

Penso logo sou ou Quero logo sou...

O dilema da questão foi lançado. O pai do racionalismo moderno René Descartes cunhou a famosa máxima: “Cogito, ergo sum” ou “Penso, logo existo”. Para ele a premissa primeira da existência é pensar. Não pensar é impossível. Pensar e não pensar ao mesmo tempo é incabível. Agora, o outro pensador que de certa maneira me causa alguma admiração é Arthur Schopenhauer. Para ele a questão é inversa. Ele entende da seguinte forma: “Quero, logo sou”. Na compreensão de Schopenhauer é quero logo penso. Não posso pensar se a vontade não existir. E a vontade para Schopenhauer é incontrolada. À vontade schopenhaueriana é imanente. O ser humano composto por tantas moléculas e células que vivem a vontade de se expandirem. E isso afeta toda estrutura humana. Então, tudo que sou e tudo que tenho estão ligados a minha vontade de ser. Então, para existir em premissa maior tenho que querer. Recomendo a obra de quatro volumes de Arthur Schopenhauer, ela se chama “O mundo como vontade e representação”. É interessante.

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