sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Marley pode nos ensinar...


MARLEY & EU

Por Angélica Bito

Se considerarmos o tremendo sucesso editorial que o livro Marley & Eu, o filme deve ser muito bem-sucedido nas bilheterias mundiais. A publicação, que se encontra há mais de 100 semanas entre as dez mais vendidas das livrarias brasileiras, é levada ao cinema sob a direção de David Frankel, já experiente no quesito "adaptações cinematográficas de best sellers" depois de O Diabo Veste Prada.

Marley & Eu é autobiográfico. Escrito por John Grogan - aqui, interpretado por Owen Wilson -, a história acompanha o autor e como sua família é formada a partir da aquisição de um cão, Marley. Quando o jornalista casa com Jennifer (Jennifer Aniston), pensa em constituir família, mas, por sugestão do melhor amigo Sebastian (Eric Dane), resolve adquirir um cachorro de estimação como uma espécie de "treino" para o que pode vir com os filhos. A questão é que o labrador logo se mostra "o pior cão do mundo".

Marley serve como guia para que o autor conte como ele e a esposa constituíram família. É, portanto, uma história familiar, que vem a calhar nos cinemas durante as férias escolares. Por mais que o labrador esteja em destaque até no título do filme, a história não é necessariamente somente sobre ele, mas como ocorre a dinâmica dos protagonistas nesta tão complicada jornada de se formar uma família. Mas é claro que o personagem canino rouba a cena graças ao excelente trabalho de adestramento coordenado por Mark Forbes (de filmes como As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian e Um Hotel Bom Pra Cachorro).

Marley & Eu é repleto de elementos capazes de conquistar imediatamente a simpatia do público: um cachorro (ou melhor, 22 deles) adorável, astros carismáticos, toques bem dosados de drama e humor. Soma-se a estes fatores o sucesso da obra literária que deu origem ao longa-metragem e temos uma fórmula eficiente de sucesso nas bilheterias, que deve dialogar muito bem com o grande público.

Comento

Foi o segundo filme que assisti em 2009. O primeiro foi Crepúsculo, que por sinal é horrível. Perdi dinheiro com o filme. Mas o filme Marley & Eu é fantástico. Apesar de ouvir pessoas que choravam copiosamente e atrapalharam-me muito, foi possível assistir.

O filme começa com uma belíssima comédia e termina com um drama. É envolvente para quem gosta de cachorro.

Algumas pesquisas na área da psicologia comprovaram a importância de um animal para recuperação de uma pessoa depressiva. Geralmente o cachorro é o animal mais utilizado. De fato, o cachorro é o melhor amigo do homem. O filme deixa isto muito claro. John Grogan, interpretado por Owen Wilson, é uma pessoa solitária. O cachorro não é uma passagem para a posição de pai que tanto ele quer adquirir. Marley assim chamado o cão, é na verdade o amigo que ele não teve.

John Grogan expressa o grande significado de uma amizade. Quem lhe ensinou foi um animal que num dado momento foi chamado de chato, infernal e comilão. John Grogan disse: “Um cão não se preocupa se você é rico ou pobre. Ele não se importa se você é intelectual ou ignorante. Se você é um esperto ou burro. Um cão não quer saber se você é um chato ou uma pessoa legal. Mas quando você lhe oferece o coração, ele retribui com carinho, amizade e amor”.

O interessante é notar que um simples cão possa transmitir tantos ensinamentos para pessoas que se dizem uma espécie superior – os racionais. Talvez, por sermos tão racionais não somos capazes de nos entregarmos a um verdadeiro relacionamento de amizade que dure uma vida toda.

Recomendo o filme e o livro. Vale a pena ir acompanhado da esposa ou da namorada. Vocês irão se divertir.

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