sábado, 10 de janeiro de 2009

O trágico vira comédia...

Geralmente encontramos esta mudança de história nas telas do cinema. Infelizmente não é filme. É real. Será possível algo trágico se tornar comédia? Sim, é possível. Principalmente para pastores.

As igrejas têm o costume de chamarem pastores para pregarem em aniversários, congressos, retiros, etc. Quando o pastor é renomado ele prega quase toda semana numa igreja diferente. Ele fica na “moda”.

Existe uma espécie de bom senso quando o pastor é convidado para pregar. A igreja levanta uma boa oferta, digo – uma boa oferta – para abençoar o pastor. Lembrando que o ministro vive disto. Algumas igrejas possuem da sua entrada uma verba destinada para estas ocasiões.

Quando o pastor recebe o convite ele não prioriza isso, embora seja uma grande ajuda no seu orçamento. Mas o que acontece? Não acontece nada. O pastor sai com uma mão na frente e a outra atrás. Alguns pastores locomovem-se de lugares distantes. Eles pagam a gasolina do carro. Outros pagam pedágios. Alguns pagam o táxi. E não são reembolsados pela igreja que o convidou. O prejuízo aumenta no bolso do pastor que já não ganha muito.

Certa vez, eu fui todo feliz para pregar num evento de uma grande igreja. Pagaram a passagem para minha esposa e eu. Um lugar muito bonito. Eu precisei pegar um táxi até ao aeroporto. Até aí tudo bem. Na minha cabeça a igreja iria reembolsar. Foram dias maravilhosos. Quando chega o fim, cadê? Nada de oferta e nem reembolso. Perdi até a voz de tanto que falei. Mas a benção não chegou. Os amados irmãos não foram liberais. O dinheiro do táxi vez uma falta imensa.

Um outro pastor que conheço foi pregar numa cidade muito longe. Pagou alto na gasolina e nos pedágios. Cumpriu muito bem o seu papel. Pregou o evangelho de Deus e a igreja foi edificada. Na hora de ir embora os irmãos apertaram a mão do pastor e disseram que ficaram felizes pela presença dele. Ele ligou o carro e olhou para esposa e ameaçou partir. Quando estava para sair, ele escutou: “Pastor, espera pastor”. Ele então disse para esposa: “Ufa, não esqueceram de nós”. A pessoa chega e diz: “Pastor, aqui está uma pequena lembrança. Esta é a oferta da nossa igreja”. Imaginem. Era um cacho de bananas. Lamentável. O pastor teve que rir para não chorar.

Existem muitas outras histórias trágicas que acompanham o ministério pastoral. Espero que sua igreja não seja uma dessas que tem condições, mas não gosta de abençoar.

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