sexta-feira, 4 de abril de 2008

O cristão opressor...

Não entendo a falta de coerência que atinge o cristão empregador. Uma experiência que poderia ser edificante passa a ser traumática. Trabalhar para um cristão pode ser a pior experiência de vida.

A falta de ética e da própria prática bíblica depõe contra o cristão empregador. O salário mínimo está R$ 415,00 ele quer pagar R$ 300,00. Se a carga horária de trabalho é de oito horas, ele quer que o empregado fique dez horas, sem pagar hora extra. Explora, maltrata, maldiz e humilha o funcionário, mas o cristão empregado entende, ele é cristão. Às vezes trabalhar para um ímpio seja muito melhor do que trabalhar para um cristão, pois o ímpio pratica a justiça e a ética de maneira tão perfeita que envergonha o cristão. Trago a memória a excelente exortação de Tiago que diz – “Vejam, o salário dos trabalhadores que ceifaram os seus campos, e que vocês retiveram com fraude, está clamando contra vocês. O lamento dos ceifeiros chegou aos ouvidos do Senhor dos Exércitos” [Tiago 5:4].

2 comentários:

Felipe Fanuel disse...

Meu caro,

Ímpio é quem não pratica a justiça. Logo, o cristão não é o justo da história.

Usar a palavra ímpio para quem não é adepto da fé cristã não cola mais num tempo onde a justiça passa longe das igrejas.

Há muito mais justiça lá fora do que aqui dentro.

Um forte abraço.

Christopher Marques! disse...

Fanuel,

Concordo que o ímpio seja aquele que não tem a ação da justiça permeando sua conduta em toda extensão do termo. Porém, o rótulo de cristão não confere que a pessoa seja cristã, mesmo supostamente professando a fé cristã.

No artigo o vilão é o cristão opressor. Entretanto, as pessoas que compõem uma comunidade de fé cristã e não vivem a justiça, elas não podem determinar que não haja justiça na igreja. De fato, os filhos das trevas ou aqueles que não vivem na fé de Cristo são mais prudentes do que os filhos da luz. Portanto, a vergonha é ainda maior para o cristão.

Não posso afirmar que exista mais justiça lá fora do que dentro da igreja. A realidade mostra a doença dos dois lados. Embora, prefira ficar com a justiça da ética cristã e não tomar de exemplo uma justiça individual. Um indivíduo não determina o todo. Agora, lá fora o todo determina cada indivíduo.