sábado, 31 de maio de 2008

O problema do dualismo II...

As distorções históricas têm suas raízes no movimento gnóstico do ascetismo. O pior disso tudo, é que muitos membros de igrejas são gnósticos. Infelizmente muitas igrejas o são também.

A base da gnosis é uma visão dualista do mundo que determina sua visão num nível cosmológico e antropológico, e que, portanto, deve ser a primeira realidade que reclama nossa atenção. Surge de uma errônea leitura de que o pecado de um homem reside na sua corporeidade. Então, a partir desse elemento filosófico temos a divisão de corpo e alma, ou corpo e mente. A questão é: não existe fragmentação. O ser humano é integral. O corpo está estritamente ligado a mente. As ações corporais são sintomáticas. Elas refletem uma disfunção mental. Isso gera a base de um “dualismo cosmológico”, ou um “ontológico dualismo”. Ou, ainda, “dualismo ontológico metafísico”. Assim, corpo e matéria tornaram-se diametralmente opostos, sendo o espírito essencialmente bom, enquanto a matéria (corpo, criação) essencialmente má. Qualquer tipo de divisão gera uma heresia. Fruto de uma má interpretação tanto bíblica quanto histórica.

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