Uma vez pediram para Bonhoeffer escrever um livro sobre cristologia. A sua resposta foi penetrante: “O mistério de Cristo é tão grande pra mim que a única coisa que posso fazer é ficar em silêncio”. O mistério de Cristo deve tocar a alma do genuíno cristão. Quando somos tocados dessa forma, a nossa vileza vem à tona. O sentimento que surge é que não existe nada o que fazer. O recolhimento da alma parece ser a saída mais apropriável. Santo Agostinho na sua obra sobre a Trindade disse que diante deste mistério à única coisa que pode ser feita é colocar a mão na boca e dar glória a Deus.
No meu caso, por pregar o evangelho recordo-me das palavras do sábio Lutero: “Pregar Cristo é um mistério pesado e glorioso. Se outrora eu tivesse sabido disso, nunca teria aceitado, mas diria, como Moisés: ‘Envia quem tu quiseres!’ Se eu tivesse sabido, ninguém haveria de me convencer”. Esta é a minha situação.
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